sábado, 30 de junho de 2012

ENTREVISTA COM A CANTORA MARCELA LOBBO

Mineira de nascimento e capixaba por seguir instintos e sons, dona de uma voz inconfundível, Marcela Lobbo guarda em sua bagagem diversos prêmios conquistados em Festivais Nacionais, dentre eles o Prêmio “Vanguarda” e o Troféu “Guananira”. Convidada por diversas vezes para fazer a abertura de shows de artistas renomados (Luiz Melodia, Ana Carolina, João Bosco, Zélia Duncan, entre outros). Confira, abaixo, a entrevista com a cantora:

1 – Olá, Marcela como as artes entraram em sua vida? A música foi sua primeira paixão?

Resposta: Olá amigos! Tudo foi muito natural. Comecei a cantar no quintal da minha casa e em festas de família. Com 13 anos, resolvi ser cantora.

2 – Aliás, falando em outros tipos de arte, você gosta de outros construtos artísticos? Tem aptidão para outras formas de artes?

Resposta: Gosto muito de ser Dj....

3 – Conte-nos como foi o inicio de sua carreira aqui em Vitória. Quando você decidiu começar a cantar profissionalmente? Houve algum momento capital ou foi acontecendo gradativamente? Como a capital de nosso estado recebeu a jovem Marcela Lobbo?

Resposta: Comecei aos 16 anos timidamente cantando... foi no Flautin Bar e Aconchego, ambos em bairro República. Depois fui cantar na Lama, no Cochicho da Penha, com a nossa amiga cantora Rosanna Brito. Tudo foi acontecendo gradativamente e a Capital de Vitória me abraçou bem.

4 – Falando em jovens artistas... Você, conhecedora de Vitória e do estado que é, diga-nos: Como foi e como é que o nosso estado recebe os novos artistas? Temos uma “identidade artística capixaba”? Acontece a valorização das coisas da terra? Ou você acha que esse “bairrismo cultural” é desnecessário? Você acha que há perspectivas de melhorarmos quanto à valorização de novos talentos?

Resposta: Sim, em Vitória tive uma boa aceitação na noite capixaba. Consegui bastante trabalho e fiquei conhecida rapidamente. No entanto, acho que o estado pode valorizar mais seus artistas, fazendo que eles não precisam sair da cidade.

5 – Disse que você é conhecedora de Vitória, mas também tens muitas estórias de Juiz de Fora (MG) e de São Paulo. O que motivou sua (s) saída (s) de Vitória? Quais as grandes diferenças artísticas/ culturais entre os locais em que você morou?

Resposta: Sim, morei em Juiz de Fora um tempo e cantei muito nos bares de lá e fiz alguns shows importantes. Em Santos, já estou morando um tempinho e vejo que em pouco tempo, já estou ficando bem conhecida. Em Sampa também, as pessoas são bem receptivas. Sair de Vitória para mim, foi uma necessidade de mudar minha condição de cantar, pois parece que depois de um tempo em Vitória, ficamos estacionados.

6 – Você é uma cantora de festival (tenho ganho alguns de muita relevância, inclusive). Conte-nos qual é a grande sacada dos festivais. Faltam mais eventos como esse no país para revelarmos novos e/ou desconhecidos talentos? Ainda é possível sonhar com festivais que mobilizem o país como os que ocorriam nas décadas de 60/70?

Resposta: Os festivais são muito importantes... vários talentos foram descobertos em festivais, mas hoje mudou muito o caráter dos festivais. Veja pela cidade de Alegre, onde as músicas inéditas não fazem mais parte da grande sacada do evento e sim os shows de artistas famosos que lá se apresentam. Programas de auditório são muito suspeitos e seria uma coisa maravilhosa se aqueles maravilhosos festivais voltassem, mas acho que “eu quero tchu, eu quero tcha” está tendo mais ibope no momento. Risos.

7 – Como foi a produção de seus CD’s? Qual foi o processo de escolha de repertório? Você sempre passeou pelas composições da terra com os de grandes nomes da música nacional, não é? Por que dessa mesclagem?

Resposta: Sempre recebi apoio da Lei Rubem Braga em meus discos. Mas, sempre fiz poucas cópias e de forma independente, nunca tendo a oportunidade de colocar em uma gravadora ou num bom selo. Sempre achei interessante divulgar compositores capixabas e apenas, neste último trabalho, que mesclei mais as composições com artistas famosos.

8 – Como você analisa o mercado musical no país? O que você acha dessa “micheltelozização” que a nossa música tem passado? Quem você indicaria de novidade boa para os nossos leitores?

Resposta: Olha, está bem mal o mercado musical brasileiro, pois a internet tomou conta do novo conteúdo, e aí, as gravadoras acabaram investindo só em grotescas canções, que pegam no ouvido do povo, pois estas são sucesso de vendas. A internet ajudou e acho que ela abriu demais também, onde todos podem mostrar seu trabalho e essa oferta fez banalizar um pouco os trabalhos bons. Tanta coisa boa pra escutar, que dá até preguiça, entendem?

9 – O que podemos esperar de novo da Marcela Lobbo para o futuro? O que veremos em breve?

Resposta: O meu novo disco, “Outro Lugar”, está bem diferente. Venho com uma nova forma de cantar e com canções de compositores famosos: Frejat, Paulinho Moska, Zeca baleiro, Vander Lee e Elder Costa. Esse disco realmente marca uma nova fase musical em minha vida, onde reaprendi a gostar de cantar minhas coisas próprias... durante muito tempo, para sobreviver, fui obrigada a cantar apenas sucessos de rádio, para satisfazer ouvintes ávidos que me contratavam....


LICENÇA POÉTICA: ANDRA VALLADARES


Andra Valladares reside na cidade de Vila Velha/ES, exerce a profissão de advogada e atua no cenário cultural como cantora/compositora e poeta/escritora. Publicou poemas e textos em aproximadamente 30 antologias literárias. Em janeiro desse ano, lançou o CD "Andra Valladares", seu primeiro trabalho musical autoral. A obra tem patrocínio da Lei Vila Velha Cultura e Arte e Prefeitura Municipal de Vila Velha. Andra também é integrante do grupo lítero-musical "Vozes da Vila". Membro e atual Vice-Presidente da Academia de Letras Humberto de Campos (Vila Velha/ES). Confira, abaixo, o poema “Unidade poética”:

UNIDADE POÉTICA

Os versos que me encantam
são de Bilac, Bandeira,
Pessoa, Drummond...
Poesia reunida em mim,
meus versos de hoje e de amanhã!

Os versos que me refletem,
são de Quintana,
Florbela, Vinícius,
Cecília e outros mais...
Versos que falam dos meus ais!

Os versos que assino,
são de Casimiro, Adélia,
Cora, Castro Alves
e tantos outros...
Esses são meus versos soltos.


LICENÇA CRÔNICA: SONIA RITA SANCIO LÓRA


Sonia Rita Sancio Lóra (Sunny Lóra) ama as letras; tanto as que ela mesma rabisca e todas as outras de tantos escritores, todos os dias de sua vida. Teresense apaixonada por sua terra, Sonia mora em Vitória, tem dois filhos e uma neta. Sempre que pode corre para Santa Teresa, para abraçar sua mãe e os irmãos Nega, Tica, Toni e Paulo, muito unidos e amados. Faz parte da AFESL – Academia Feminina Espírito Santense de Letras, através da cadeira número 40, do Conselho Municipal de Cultura e do Instituto Histórico e Geográfico do ES. Colabora para a Seção “Pra Viver, Poesia”, do Diário Oficial do ES, desde 2005 e tem apresentado várias crônicas no Caderno “Pensar” de A Gazeta. Seus livros são “Portais da Alma” – 2005; “Lua Perfeita” – 2008; “Delicatta”, 2008 e “Contos de Saudade”, 2010, este em parceria com sua irmã Nega, a Maria Cecilia. Tem participação em oito Antologias. Seu site é www.sonialora.art.br e seu blog é www.amordepoeira.com. Abaixo, a crônica “Paixão, o amor que aprisiona”:

PAIXÃO, O AMOR QUE APRISIONA

... E não pense em falar mentiras, porque elas são sentidas. (Sonia Sancio Lóra)

Quando li “Paixão de Cárcere” um livro belíssimo e intenso de Lacy Ribeiro, fiz algumas anotações que coincidiam com minha própria experiência. Guardei estas anotações por muito tempo e somente agora posso publicar uma mínima parte delas.

Eu sempre fui desatenta, carente, obediente e resignada. Muitas vezes cheguei à absurda condição de humilde e achava que era o máximo ser taxada de “boazinha”. Ficava feliz e alimentava meu coração que era tão grande que não cabia dentro do meu pequeno corpo, como meu pai me disse um dia. Aceitava tudo que me acontecia com resignação e paciência e dificilmente alguém teve a oportunidade de me ver responder uma provocação e nas poucas vezes que reagi, não obtive bons resultados.

Minha vida transcorria sem maiores novidades e trabalhar muito era o meu ápice de satisfação. Na vida pessoal não havia mais espaço para sorrisos e os momentos de alegria foram se tornando escassos, até que eu fui totalmente excluída, sem chance de volta, mesmo que eu me esforçasse para um convívio que fosse, pelo menos, socialmente aceitável.

Nos encontros com os amigos em comum eu ficava sempre num cantinho e raramente falava alguma coisa no grupo, pois era inevitável que fosse repreendida publicamente. Envergonhada, voltava para casa sempre antes de todos e eu considerava um céu estar sozinha com os meus animais, livros, música e sentir que podia respirar. Quando finalmente acabou, guardei comigo algumas lembranças, algumas boas e outras nem tanto. Alguns anos voaram e eu pude sentir o meu eu, resgatei valores, escrevia muito e descobri uma pessoa em mim que não conhecia, mais vibrante e bela.

E então o amor voltou e desta vez, para me virar de cabeça para baixo. Um sorriso lindo passou a fazer parte dos meus dias. Não havia um segundo de minha nova vida que não fosse para ele e por ele. Sua presença não era uma constante, mas as mensagens que trocávamos serviam-me de alimentação para o próximo encontro, quando eu lhe levava presentes de todos os tipos. Ele me lançou num mundo desconhecido, profundo, intenso. Se demonstrasse um mínimo sinal de querer algo, eu me colocava à frente e fazia-lhe surpresas no meio da tarde. Com o tempo, ele foi mudando fisicamente mais e mais e tudo nele era mais bonito. E como era... Eu deixava de comprar um mínimo para mim para que não deixasse de presentear o meu amor bonito.

Eu não era capaz de ver um centímetro sequer à frente de mim que não fosse ele. Estava acorrentada e dificilmente sairia de suas garras. Mas não foi assim para sempre. Uma pessoa deixa de amar a outra. Ou nunca amou. Ou simplesmente percebe que a fila anda e esta pessoa se acha no incrível poder de colocar quem quiser para fazer parte dela.

Descobri que aquele meu amor enorme era mentiroso, cheio de vaidade e frieza, competidor e não admitia derrotas e, o mais importante, não queria partilhar. Assim, descobri, para minha insanidade temporária, que ele nunca foi meu, mesmo nos raros momentos que eu pensava que fosse. Depois do rompimento, recheado de mentiras, passei a me aprofundar na saudade. Eu pensava nele 25 horas por dia. Era uma tortura contínua de reler mensagens de texto, ouvir seus recados, recordar beijos, abraços. Pegava no telefone trezentas vezes por dia e chorava, porque sabia que eu não fazia mais parte de sua vida. Chorava nos momentos mais loucos; qualquer coisa era motivo para lavar o rosto inteiro com lágrimas abundantes.

Não comia absolutamente nada e para me manter viva eu tomava sucos de frutas em caixinhas ou comia uma caixa inteira de bombons. Eu não conseguia escapar dele nem quando o sono me vencia. Não posso mensurar quanto tempo este sofrimento durou. Era inaceitável perder quem eu amava tanto.

Mas como perder algo ou alguém que nunca foi seu?

O amor verdadeiro coloca-nos para cima, nos torna pessoas melhores. A cada minuto que passa, conquisto a vida que não tive. Se chegar, verdadeiramente, que seja leve, bom, suave e que eu possa dizer que sou feliz, porque eu me amo, eu sou a pessoa mais importante para mim e capaz de ser amada, sou sim!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

OS 15 ANOS DE HARRY POTTER

Em 2012 Harry Potter e a pedra filosofal completa exatos 15 anos. Para comemorar o aniversário da saga do bruxo mais famoso do mundo o Outros 300 lista 7 curiosidades sobre Harry Potter (livro e filme) que, divido, que você saberia. Imperdível! Confira:


Daniel Radcliffe (© Reuters)

Curiosidade 1: O livro sobre o bruxinho Harry Potter foi rejeitado inúmeras vezes por diversas editoras, até que a Bloomsbury publicou o livro em 1996. Os editores sugeriram que ao invés da autora assinar seu nome completo - Joanne Rowlings - ela deveria ficar apenas com as suas iniciais para não afungentar os leitores masculinos. J. K. Rowling emprestou o 'K' do nome da sua avó Kathleen.

Daniel Radcliffe (© Reuters)

Curiosidade 2: O carro da família Weasley é um Ford Anglia. Ele é da mesma cor e modelo do carro que a autora do livro J.K. Rowling e sua melhor amiga da escola costumavam passear quando eram novas. Ela escolheu esse carro para o livro e também para o filme, para fazer uma homenagem a ótimas lembranças de quando dirigia um modelo igual. Na segunda aventura da série, o Ford Anglias é destruído durante uma cena.

Curiosidade 3: J.K Rowling causou polêmica quando ela revelou que o grande senhor de Hogwarts era gay. Rowling contou: 'Eu estava revisando o script do sexto filme e Dumbledore falava com Potter sobre uma menina que ele havia conhecido. Na hora, eu tive que fazer uma anotação ao lado avisando: 'Dumbledore é gay!' O mago teve uma queda uma vez por seu arquiinimigo Grindelwald, que foi mais tarde derrotado em duelo.

Daniel Radcliffe (© Reuters)

Curiosidade 4: Por ser um personagem 100% criado em computador, durante as filmagens o duende Dobby era representado por um cabo com uma bola na ponta.


Daniel Radcliffe (© Reuters)

Curiosidade 5: O ator britânico Richard Harris só aceitou interpretar o papel de Albus Dumbledore depois que a sua neta de 11 anos de idade ameaçou nunca mais falar com ele. Infelizmente, Harris morreu pouco depois do lançamento de 'Harry Potter e a Câmara Secreta'. O ator Michael Gambon o substituiu.

Curiosidade 6: A série de filmes de 'Harry Potter' não teria sido a mesma se Steven Spielberg estivesse sentado na cadeira de diretor dos filmes. Spielberg queria que o filme fosse uma animação com o ator de Haley Joel Osment, de 'O Sexto Sentido'. A ideia nunca saiu do papel.

Daniel Radcliffe (© Reuters)

Curiosidade 7: O personagem mais temido da série, foi criado a partir das palavras francesas 'vol de mort', que significam 'voo de morte'. No segundo livro, 'A Câmara Secreta', Rowling revela que 'I am Lord Voldemort' ('Eu sou Lord Voldemort' é o anagrama de Tom Marvolo Riddle, seu nome real.

BLADE RUNNER - CLÁSSICO COMPLETA 30 ANOS

Blade Runner - O Caçador de Andróides

Lançado nos EUA em 25 de junho de 1982, Blade Runner - O Caçador de Androides está completando 30 anos de idade. Relembre aqui no Outros 300 a importância do filme, suas versões e o fracasso comercial que se tornou um dos filmes mais cultuados de todos os tempos.

Críticos de arte em geral torcem o nariz para os filmes de ficção científica por terem uma ideia arbitrária de que o gênero é composto por produções em que a prioridade é dada apenas os efeitos especiais. No entanto, Blade Runner - O Caçador de Androides (Blade Runner, 1982), foge dos parâmetros pré-estabelecidos e traz adjetivos suficientes para agradar até mesmo os que não são fãs do gênero.

blade runner

A história é ambientada no início do século 21, mais precisamente em Los Angeles. O clima quente e ensolarado é substituído por uma metrópole de formas e cores sinistras, onde uma superpopulação se amontoa em arranha-céus decadentes, corroídos por uma incessante chuva ácida que teima em cair.

É nesse decadente planeta Terra que vive o detetiveDeckard, interpretado por Harrison Ford. Ele é convocado por seus superiores a realizar um último trabalho. Exterminar ("aposentar" é o termo técnico) quatro androides desertores, chamados de Replicantes, que fugiram à cidade após uma rebelião em um sistema estelar. O detalhe é que essa geração de androides - a NEXUS 6 - é o mais próximo que os humanos chegaram da perfeição robótica. Além de serem dotados de grande inteligência, agilidade e força física, os replicantes têm um objetivo a ser alcançado: A busca por mais tempo de vida.

Blade Runner

A história é baseada na obra de Philip K. Dick, Do Androids Dream of Eletric Sheep?, e foi adaptada pelos roteiristas Hampton Fancher e David Peoples. A direção ficou a cargo de ninguém menos que o inglês Ridley Scott (Gladiador), que anos antes já havia feito o também cult Alien - O 8º Passageiro. Além da marcante trilha sonora de Vangelis - uma das mais reconhecidas do cinema até hoje.

O elenco de Blade Runner é composto por Sean Young, Edward James Olmos, Daryl Hannah e Rutger Hauer, em seu melhor papel. É dele um dos melhores momentos do filme, quando profere a célebre frase "todos esses momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva". Poético, não?

Blade Runner

Além de conquistar o célebre título de cult movie, Blade Runner é considerado até hoje um dos filmes mais influentes da década de 1980, tanto visualmente como pelo próprio roteiro sugestivo. Bom, é que muitas dúvidas sobre o personagem de Ford demoraram muito para serem respondidas claramente. É que em 1993, Ridley Scott lançou uma nova versão do filme, chamada directors cut (versão do diretor), virando de cabeça pra baixo o que se pensava sobre o filme.

Quatro versões e a Edição Especial

Blade Runner é uma das vítimas mais notáveis da indústria do cinema na história. O clima sombrio e pessimista da versão entregue por Ridley Scott foi amenizado pelo estúdio para o lançamento nas telas. Primeiro, os gênios hollywoodianos resolveram que a produção carecia de explicações. Assim, Roland Kibbee, premiado por seu trabalho na série Columbo, foi chamado para escrever toda a simplista narração em off do personagem de Harrison Ford. Esse foi o último trabalho da carreira do roteirista, que morreu dois anos depois.

Blade Runner

Além disso, toda e qualquer referência à irônica idéia de que Deckard seria também um replicante foram extirpadas da montagem (os sonhos, o unicórnio de papel). Pra completar, um final feliz, com o Caçador de Androides e a bela Rachael (Young) fugindo juntos para as montanhas foi inserido. A cena final, criada a partir de sobras de filmagens deixadas na sala de edição por Stanley Kubrick quando dirigiu seu O Iluminado (1980), mostra uma estrada com belas montanhas nevadas. Absurdo... parte do apelo do filme é sua visão, quase profética, em mostrar problemas como a superpopulação e a mudança climática - e o tempo todo é martelado no público que fugir para as colônias espaciais é o único meio possível de felicidade (o dirigível está presente em todo o filme, mesmo nas cenas internas, através da luz). A existência de um cenário idílico como aquele do final do filme original vai de encontro a todos os conceitos estabelecidos durante a história.

Não dá pra saber se foi por esses motivos ou não (as críticas negativas são frequentemente citadas como um dos fatores que contribuíram para o insucesso), mas Blade Runner foi um fracasso nas bilheterias dos Estados Unidos. Na verdade, é mais provável que a dura concorrência de E.T. (de Steven Spielberg), que estreou duas semanas antes, em 11 de junho de 1982, dominando as bilheterias, seja a responsável. Além disso, O Enigma de Outro Mundo (The Thing, de John Carpenter) também estreou no mesmo dia que Blade Runner, com apelo ao mesmo público, dividindo a arrecadação. Vale destacar também que a versão lançada nos EUA (U.S. theatrical version) e a que ganhou o resto do mundo (International Cut) são diferentes. A primeira tem menos violência.

Blade Runner

Foi só com o tempo que as sutilezas do trabalho de Scott foram notadas - e Blade Runner ganhou status de "cult".

Mais de uma década depois de seu lançamento, o filme foi relançado em home video com uma "versão do diretor" (Director's Cut, 1992), montada a partir da edição que Scott aprovou originalmente. O disco, porém, não teve a participação direta do cineasta, que a considera um tanto apressada. De qualquer maneira, essa versão é muito parecida com a que foi lançada há alguns anos em DVD, HD-DVD e Blu Ray (Final Cut). A diferença é que a última teve algumas cenas estendidas - há até uma sutil refilmagem, com Zhora (Joanna Cassidy) fugindo do Caçador -, e está remasterizada com qualidade impecável. Efeitos especiais, som, tudo foi "reformado" e o filme parece ter sido feito ontem.

A Edição Especial - de 2005 - traz em três discos as quatro versões mais conhecidas do filme (há outras para a TV e festivais, de menor importância): As duas de 1982 (Versão para cinema EUA eVersão para cinema internacional), a Versão do diretor (1992) e a Versão final do diretor(2007). Em 2012, para comemorar os 30 anos, uma nova versão do filme será lançada, em Blu-Ray e com uma miniatura do "spinner", o carro voador, e 10 horas de extras inéditos. 

Blade Runner é um dos melhores filmes de ficção científica já realizados e tantas versões disponíveis fazem parte da diversão, já que permitem comparar as visões comercial e artística de um mesmo produto, que podem ser tão diferentes quanto homens e máquinas.

Fontes: Msn, R7 , Cinepipoca e Omelete

DIA DE SAMBA DA "UNIÃO DA ILHA" EM CARIACICA

Boa Vista

Nesta sexta-feira, 29, a partir das 20h30, a escola de samba campeã do carnaval capixaba, Boa Vista, e a carioca União da Ilha do Governador, se apresentam juntas na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) Independentes de Boa Vista, em Itaquari. O evento que faz parte das comemorações pelos 122 anos de emancipação política de Cariacica tem entrada franca.

Este ano, a Independentes de Boa Vista, que desfilou pela primeira vez no grupo especial em 1984, conquistou seu bicampeonato com o enredo “Vida em poesia... A Lira que é Lucinda”, que homenageou a poetisa, jornalista, cantora e atriz, Elisa Lucinda, que nasceu no bairro Itaquari, sede da agremiação.

Já o GRES União da Ilha, com sede na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, voltou ao grupo especial do carnaval carioca em 2010. Este ano, a Escola terminou o campeonato em oitavo lugar, com o enredo "De Londres ao Rio: Era uma vez... uma Ilha", que falou sobre a cidade de Londres, sede das Olimpíadas de 2012. 

"PALCO GIRATÓRIO" E "CABEÇA DE NEGO" NO CARMÉLIA

Quatro bailarinos fazendo contorcionismo em uma mesa

O Teatro José Carlos Oliveira, que fica no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, será palco para dois espetáculos da Laso Cia de Dança (RJ), neste final de semana. A programação faz parte do Palco Giratório, projeto cultural do Serviço Social do Comércio do Espírito Santo (Sesc-ES).

Neste sábado (30), às 20 horas, será apresentado o espetáculo de dança contemporânea "Caminhos". Com uma linguagem lúdica, a peça revela os caminhos que o ser humano trilha durante a sua vida. Usando como principal objeto de cena mesas de madeira, a peça vai sendo construída e desconstruída.

O cenário móvel participa da coreografia tornando-se parte fundamental do contexto. A escolha da mesa como objeto simbólico do espetáculo deve-se à sua presença marcante na vida humana, pois nela aprendemos nossas primeiras lições, nos relacionamos em nosso trabalho, em nossa casa, nos almoços em família ou nas praças e bares com os amigos. A mesa é um objeto social, um apoio e uma grande ferramenta de estudos do comportamento.

Sete jovens no palco, cinco sentados num sofá, uma garota no chão e outro interagindo com tecnologia

Já neste domingo (1º), também às 20 horas, será a vez do espetáculo "Cabeção de Nego", que leva ao palco uma reflexão provocativa sobre as mudanças tecnológicas e sociais causadas pela nova era Cyber Digital. O título refere-se a essa explosão, ao grande boom tecnológico causador de profundas, inquietantes e inesperadas alterações sociais.

A peça versa sobre a riqueza da possibilidade do repertório corporal da dança e do mundo de aparências que parece se anunciar como primeira medida para os jovens. "Cabeção de Nego" tanto reporta a uma possibilidade de intensa vivência inesperada como à leitura do ser humano como refugo observado pelo capitalismo tardio.

SERVIÇO

Centro Cultural Carmélia recebe o Palco Giratório
Espetáculo “Caminhos”
Quando: sábado (30), às 20 horas.
Espetáculo “Cabeção de Nego”
Quando: domingo (1º), às 20 horas.
Onde: Teatro José Carlos Oliveira. Centro Cultural Carmélia de Souza. Alameda Novo Império, sem número, bairro Mário Cypreste.
Mais informações: (27) 3324-1168.
Entrada gratuita.



OS ROCKS DO FIM DE SEMANA

Ufa! A semana acabou! Nada de chefe, nada de trabalho... A ordem agora é se divertir! Não sabe onde? Não tem problema, pois o Outros 300 te indica tudo do bom e do melhor da cultura no estado no rocks do fim de semana. Escolha a melhor opção e divirta-se:

Teatro

Peça Escola de Mulheres

Escola de Mulheres
A peça teatral, original de Molière, chega aos palcos capixabas neste fim de semana. Arnolfo, interpretado pelo ator Carlos Machado, é um solteirão que não aceita ser traído pela futura esposa. Assim, resolve criar uma jovem (personagem da atriz Carol Macedo), dos 4 até os 18 anos, em um convento para que, no futuro, a moça se torne sua mulher. Ele só não esperava que ela se apaixonasse pelo filho do melhor amigo. Às 20h30, no Theatro Carlos Gomes. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Assinantes de A GAZETA terão 50% de desconto no valor da inteira (até dois ingressos por pessoa). Praça Costa Pereira, Centro, Vitória. Informações: 3132-8398.

Centro Cultural Carmélia recebe o Palco Giratório
20h - No Teatro José Carlos Oliveira. Centro Cultural Carmélia de Souza. Espetáculo "Cabeção de Nego" - Mais informações: (27) 3324-1168. Entrada gratuita. 

Musical No Tempo do Vinil
19h30 - No Teatro do IFES (Antigo Cefetes) - Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia). Venda na bilheteria do teatro.

Exposições

Água Viva
Obras da artista plástica Shirley Paes Leme inspiradas na literatura de Clarice Lispector. No Museu Vale, em Argolas, Vila Velha. Das 8h às 17h. Informações pelo telefone Informações: 3333-2484. Até 12 de agosto.


60 Anos da Telenovela Brasileira 
Com 40 painéis com fotos, cenas memoráveis do arquivo da Rede Globo e uma sala retrô, remetendo aos anos 1960 e acervo de câmeras antigas da TV Gazeta. No Shopping Vitória, Enseada do Suá, em Vitória. Até 11 de julho. 

Pretérito
Obras dos artistas Jocimar Nalesso e Paulo Emmerich. Das 14h às 18h, no Ateliê 904. Av. Champagnat, 583, ed. Dr. Nilton de Barros, sala 904, Praia da Costa, Vila Velha. Até 13 de julho.

Vernissage
Obras do artista plástico Rômulo Cardozo. Das 12h às 17h. Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, 1877, Monte Belo, Vitória. Até 31 de julho. 

Cinema

Estréias

Para Roma, com Amor (Foto: .)

Para Roma, com Amor (To Rome with Love)

O filme é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano viaja para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve um romano comum que é confundido com uma estrela de cinema. O terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia, que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, dois jovens recém-casados se perdem pelas confusas ruas de Roma. A comédia é uma adaptação do clássico “Decamerão”, de Boccaccio, para os dias atuais. Além do próprio diretor, Woody Allen, os atores Alec Baldwin, Ellen Page, Roberto Benigni, Penélope Cruz, Jesse Eisenberg, Alison Pill, Greta Gerwig, Ornella Muti e Judy Davis integram o elenco.

A Era do Gelo 4 (Ice Age 4 – Continental Drift)

O esquilo Scrat vive em busca de sua cobiçada noz e, sem querer, provoca a separação dos continentes, que leva Manny, Diego e Sid a viverem a maior aventura de todos os tempos. Em meio a tantos acontecimentos, Sid reencontra sua avó turrona, e os amigos ainda têm de lidar com um bando de piratas decididos a impedi-los de voltar para casa. A continuação é dirigida por Steve Martino e Mike Thurmeier, e traz as vozes de Ray Romano, Denis Leary, John Leguizamo, Jennifer Lopez, Nicki Minaj, Queen Latifah e Seann William Scott.

Fausto (Faust)

A adaptação do famoso poema Fausto, de Goethe, conta a história do Dr. Johannes Georg Faust, um cientista brilhante, mas desiludido, que aceita fazer um pacto com um comerciante diabólico em troca de prestígio e do amor de sua adorada Gretchen. O filme, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza 2011, é dirigido por Aleksandr Sokurov e o elenco é formado por Johannes Zeiler, Anton Adasinsky, Isolda Dychauk, Georg Friedrich, Hanna Schygulla, Antje Lewald, Florian Brückner, Maxim Mehmet, Katrin Filzen e David Jonsson. 

Minha Irmã (L'Enfant d'en Haut)

Simon é um garoto de 12 anos que ganha a vida cometendo pequenos roubos em uma estação de esqui na Suíça. Ele mora com sua irmã, Louise, e revende os equipamentos roubados para os vizinhos do conjunto habitacional onde vive. Quando Louise perde o emprego, passa a depender dos ganhos do irmão e, à medida que o tempo passa, fica cada vez mais dependente dele. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim 2012, o drama é dirigido por Ursula Meier, com Kacey Mottet Klein, Léa Seydoux, Martin Compston, Gillian Anderson, Jean-François Stévenin, Yann Trégouët e Gabin Lefebvre no elenco.

Música

84ª Festa de São Pedro
20h - Na Praça do Papa, Enseada do Suá - Laion (sertanejo), banda Sátyruz (reggae) e Rick Sollo (sertanejo), Dallas Company (sertanejo), Maycon Sarmento (pagode) e Amado Batista (MPB), entrada franca

Festa São João Univix com PedalaSamba, Forró Comichão e Rony e Rick
22h - No Ilha Shows - Ingressos: 1º lote (meia): R$25 com alunos da Univix. Informações: 3224-3726 / 3225-5199. Classificação 18 anos. 

Divulgação

Sorriso Maroto
23h - Na Arena Vitória - 6Abertura com Grupo Di Bobeira e Leley do Cavaco - Ingressos, PISTA: 3° LOTE: R$ 30,00 (Meia) / R$ 60,00 (Inteira) e 4° LOTE: R$ 35,00 (Meia) / R$ 70,00 (Inteira); CAMAROTE ÁREA VIP: 3° LOTE: R$ 60,00 (Meia) / R$ 120,00 (Inteira) 4° LOTE: R$ 70,00 (Meia) / R$ 140,00 (Inteira); Pontos de Venda: LOJAS HBS: Shopping Vitória (27) 3345-1616, Shopping Praia da Costa (27) 3349-0601, Laranjeiras (27) 3328-7171, Campo Grande (27) 3396-0901. Informações: MATRIX MUSIC HALL: (27) 3336-4776 www.matrixhall.com.br ou www.facebook.com.br/matrixeventos - Classificação: 16 Anos 

TOP DEZ - MACHADO DE ASSIS




Aproveitando a semana de aniversário de Machado de Assis (nasceu no dia 21/06/1839) o Outros 300 lista os dez melhores livros deste escritor que é considerado por muitos como o melhor escritor do Brasil em todos os tempos. Confira abaixo e corra para as bibliotecas e livrarias:

Décimo lugar: "Ressureição"


Primeirlivro escrito por Machado conta a estória de Félix, homem que tem um relacionamento com Cecília por um período de seis meses e, por isso, abandona a namorada. Viana, seu amigo, apresenta sua irmã Lívia pela segunda vez (a primeira tinha sido rápida, menos de 5 minutos), uma bela mulher, viúva há dois anos. Eles começam a se relacionar como amigos, enquanto ele, o Doutor Félix, médico, se enamorara pela jovem viúva. 

Nono lugar: "A mão e a luva"


O enredo conta a história de Guiomar, uma jovem de 17 anos, afilhada de uma baronesa e que deseja ascender socialmente. Ela é disputada por três homens: Jorge, Estêvão e Luís Alves. Estêvão ama louca e desenfreadamente, pura e inocentemente, como no primeiro amor. Jorge, sobrinho e preferido da baronesa deseja também ascender socialmente, têm um amor "pueril e lascivo", como descreve o próprio Machado de Assis. Luís Alves começa a admirar Guiomar, apenas depois, com o passar do tempo.

Oitavo lugar: "Casa velha"



Com o fim de escrever um livro sobre a história do Primeiro Reinado, um cônego procura conhecer uma casa onde morou um ex-ministro, na qual havia papéis que o ajudariam na sua pesquisa. Durante esta pesquisa, o cônego tornou-se grande amigo da família, ficando íntimo dela, inclusive. Deste modo, vê na amizade de Félix - filho da dona da casa, D. Antônia - e Lalau - praticamente, agregada da casa - uma possível paixão. No desenrolar da trama, descobre que sua observação estava correta e os dois realmente se amavam.


Sétimo lugar: "Esaú e Jacó"


É o penúltimo livro de Machado de Assis, lançado 4 anos antes da sua morte. A ambiguidade narrativa se instaura com o  Conselheiro Aires, personagem e narrador, que no entanto, também é visto a partir de uma terceira pessoa. Machado por esse jogo de opostos pode comentar um tempo de grande agitação política. Não sendo estranho ao livro temas comoabolição da escravatura, encilhamento e Estado de sítio, porém o tema melhor abordado e reconhecido é a Proclamação da República, a qual se faz uma tremenda crítica.

Sexto lugar: "Iaiá Garcia"


Luis Garcia era um homem reservado (pai de Iaiá ) e que vivia exclusivamente por sua filha, Lina, , uma garota mimada, que tinha toda a atenção de seu pai. Viúvo, vivia em uma casa mais afastada que se enchia de alegria quando Lina, ou melhor, Iaiá Garcia, chegava da escola. Na casa ainda havia um negro que era todo dedicado ao senhor e sua filha.

Quinto lugar: "Memorial de Aires"



Aires era um conselheiro que sempre acompanhou Machado em suas histórias, geralmente como um amigo dos personagens. Reportava à figura do próprio Machado. Nesta obra, idolatra uma mulher, D. Carmo, que muitos dizem ser Carolina Augusta Xavier de Novais, talvez pela coincidência dos nomes Aguiar e Assis, D. Carmo e Carolina. Talvez também pelo fato do casal não ter filhos. Diz-se que se trata de obra de caráter autobiográfico.



Quarto lugar: "Helena"


A história de uma moça que, de uma forma inesperada, sobe na escala social: morre o Conselheiro Vale e, no seu testamento, consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo, conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça, amigo de Estácio, apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro,- encarregando-se de sua educação.

Terceiro lugar: "Quincas Borba"



Segundo da trilogia realista de Machado de Assis, em que o autor esteve preocupado em utilizar o pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Ao contrário do romance anterior, no entanto, Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que torna-se discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo.

Segundo lugar: "Dom Casmurro"


Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Apesar de estar em segundo neste top 10 o livro é considerado por muitos como o melhor de todos feito no país. E afinal: Capitú traiu ou não traiu Bentinho?

Primeiro lugar: "Memórias póstumas de Brás Cubas"


Narrado em primeira pessoa, seu autor é Brás Cubas, um "defunto-autor", isto é, um homem que já morreu e que deseja escrever a sua autobiografia. Nascido numa típica família da elite carioca do século XIX, do túmulo o morto escreve suas memórias póstumas começando com uma "Dedicatória": Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas. Seguido da dedicatória, no outro capítulo, "Ao Leitor", o próprio narrador explica o estilo de seu livro, enquanto o próximo, "Óbito do Autor", começa realmente com a narrativa, explicando seus funerais e em seguida a causa mortis, uma pneumonia contraída enquanto inventava o "emplastro Brás Cubas", panacéia medicamentosa que foi sua última obsessão e que lhe "garantiria a glória entre os homens".  Considerado por muitos - e por mim também - como o melhor e mais genial livro escrito no Brasil em todos os tempos.

Obs. 1: São vários e diferentes tipos de capa, então, valha-se pelos títulos das obras.
Obs. 2: Também indicamos todos e quaisquer livros de contos Machadianos, pois são geniais!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

TOP DEZ - RAUL SEIXAS

Se estivesse vivo Raul Seixas completaria hoje 67 anos. Para homenagear este grande ídolo do rock nacional o Outros 300 lista dez músicas do maluco beleza. Confira abaixo:

Décimo lugar: "O dia em que a parou"


Nono lugar: "Eu nasci há dez mil anos atrás"


Oitavo lugar: "Cowboy fora da lei"


Sétimo lugar: "Metamorfose ambulante"


Sexto lugar: "Tente outra vez"


Quinto lugar: "Medo da chuva"


Quarto lugar: "O trêm das sete"



Terceiro lugar: "Gita"


Segundo lugar: "Ouro de tolo"


Primeiro lugar: "Maluco beleza"

 

VEJA AQUI, NA ÍNTEGRA, O TRIBUTO A LEGIÃO URBANA COM WAGNER MOURA

Amanhã teremos exatamente um mês em que a MTV exibiu o especial "Tributo a Legião Urbana" com a participação dos legionários Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá e com o ator Wagner Moura nos vocais. Na ocasião, o especial causou bastante polêmica por trazer aos vocais da mítica banda um ator que, apesar de ser notoriamente fã da banda, em nada lembrava a potência vocálica do eterno Renato Russo. Apesar disso, e emoções e desafinos a parte, o show transcorreu bem, foi sucesso de audiência na MTV e causou o efeito esperado. Você ainda não viu o espetáculo? Quer revê-lo? Clique no vídeo abaixo e ouça no volume máximo: