sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ACADEMIA DE LET. HUMBERTO CAMPOS: CONFIRA O ÚLTIMO SARAU POÉTICO DO ANO!


No próximo domingo será realizado o último sarau do ano de 2012 na Academia de Letras Humberto de Campos.

Traga seus poemas e textos, e participe!

A ALHC entrará em recesso e só voltará com suas atividades normais em março/2013.

Serviço

Domingo, 2 de dezembro às 18h


Rua 23 de Maio, nº 83, Prainha, Vila Velha/ES.

LICENÇA POÉTICA: LUCIANA PIANCA


Luciana Pianca é estudante de Direito e apaixonada por literatura. Em seus devaneios, surgem alguns poemas, simples e despretensiosos, na ânsia de descrever a vida por meio dos versos. “Carnaval” foi fruto de sua primeira experiência na avenida do samba, quando desfilou pela Mocidade Unida da Glória no carnaval do Espirito Santo, de 2012. O Poema será publicado em 2013, pela editora Vivara, por ter sido um dos selecionados pelo “Prêmio Poetize 2013” no concurso Nacional de Novos Poetas organizado pela editora. Confira, abaixo, o poema “Carnaval”:

CARNAVAL

Vai passar nessa avenida
Muitas pernas e muito brilho
É sorriso pra todo lado
Tem doces versos sambados
O som do batuque e a melodia dos corpos
Paetês, óleos, purpurina, suor
Canta a alegria do ano inteiro.

LICENÇA CRÔNICA: SANDRO BAHIENSE


Sandro Bahiense é professor, bibliotecário e amante das coisas que envolvam escrita. Lançou em 2008, em parceria de Ricardo Salvalaio e de mais 7 colegas poetas, a coletânia de poesias "8 Vezes Poeta", trabalho em que pôde expor um pouco de seus sentimentos e arte. Ficou conhecido entre os colegas da UFES por fazer uma crônica para cada um deles. Além de crônica e poesia, Sandro também escreve artigos de opinião, contos e máximas. Tais trabalhos podem ser vistos em seu próprio blog cujo endereço é http://sandrobahiense.blogspot.com/. Sandro trabalha também, claro, neste blog como um dos colunistas. Confira, abaixo, a crônica intitulada "A culpa é de quem?":

A CULPA É DE QUEM?

"Percebeu como a Rede Globo manipula a população?"

"A religião (ou futebol) é o ópio do povo!"

"Também, passamos o tempo todo vendo novela."

"Essa música do Michel Teló so emburrece nossa juventude"

"Todo político é ladrão, por isso que o povo vota em qualquer um"

"Porque os funkeiros não usam a porra do fone nos ônibus?"*

Quantas vezes você já ouviu, leu ou falou estas frases? A culpa dos brasileiros serem assim é de quem? Da Rede Globo? De suas novelas? Do futebol? Do funk que aliena as pessoas? Do Michel Teló e seu "Ai Se Eu Te Pego"? Ou, não podia faltar, da religião? Afinal, a culpa é de quem?

Respondo-lhes: De nenhum deles! A culpa é da falta de educação, cultura e senso crítico! Explica-se:

Uma população culta, escolarizada e com grande capacidade de senso crítico estaria totalmente vacinada contra qualquer tipo de domínio: Seja ele oriundo da religião, cultura ou força militar. Então, quando alguém vier com o papinho que "a Rede Globo manipula a população com, dentre outros programas, novelas" responda que, se o povo fosse um pouco mais culto, ligaria-se, por exemplo, mais em literatura e menos em programas meramente de entretenimento que força em quase nada sua capacidade de pensar. 

O mesmíssimo argumento vale para o funk, Michel Teló, axés e afins. Zero de preocupação em aprender algo, o lance é só fazer uma coreografia pré-estabelecida pelo cantor. Uma população mais esclarecida, no mínimo, sentiria falta de algo mais elaborado que nos fizesse pensar um pouco sobre a vida e as coisas que nos cercam. E será que ouvir música alta nos ônibus não é reflexo da falta de bom senso e civilidade que, além das famílias, é aprendido nas escolas?

Política, futebol e religião, os três grandes vertices polêmicos, andam lado a lado na ignorância popular. Nem "todo pastor e político são ladrões" como anti religiosos e anti políticos tanto vociferam é verdade. Mas se temos (alguns bem poucos) pastores e políticos ladrões, isso se dá, principalmente, porque seus seguidores, de parca cultura, acreditam piamente em seus argumentos, muitas vezes, igualmente parcos. E o futebol? Brigas de torcida, por exemplo,  reflexo de falta de cultura. Ou você acha que um cara culto, com objetivos na vida, vai perder tempo se estapeando com outro marmanjo na rua? (Mesmo que seja com um argentino chato).

Então, porque em países civilizados temos todas essas coisas?

Também temos novelas, futebol, igrejas, big brother, jovens ouvindo música alta nos metrôs (menos do que aqui, mas tem!) em países desenvolvidos. E o Michel Teló é número um na Europa! E agora? Pois é, estes dados só servem para ratificar tudo que escrevi.

É totalmente possível termos todas essas coisas citadas neste artigo, afinal não são elas que são maléficas ao povo. Repito e repito quantas vezes precisar: O mal da sociedade é a falta de cultura, é a falta de educação e a falta de senso cívico, crítico, e social e é a falta de civilidade. As coisas são mais simples do que parecem. 

Vamos construir mais escolas, remunerar melhor nossos professores e educarmos melhor nossos filhos, por favor! Cansei de ler que " a religião é o ópio do povo" no Facebook.   


LICENÇA PARA CONTAR: LUCIMAR SIMON


Lucimar Simon nasceu em Linhares – ES em 1977. Suas influências são diversas perpassando por autores de Clássicos da Literatura Brasileira e Estrangeira. Busca ler e acompanhar a Literatura Contemporânea bem como os ditos “poetas marginais”. Seus textos compõem uma escrita simples dedicada a fatos cotidianos, memórias, experiências acadêmicas e sua vida pessoal, e podem ser conferidos em Antologias e Coleções Poéticas da Câmara Brasileira de Jovens Escritores em: “Novos Talentos do Conto Brasileiro”, “Contos de Outono”, “Livro de Ouro do Conto Brasileiro”(2009) e “Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Nº 54”, todos publicados em 2009.  Lucimar Simon é Graduado em História pela UFES. Pós Graduado em História e Literatura – Texto e Contexto pela UFES. Confira, abaixo, o conto “Coisas da vida, da morte”:

COISAS DA VIDA, DA MORTE

Os nomes citados neste artigo são fictícios, e qualquer semelhança com a realidade será mera conhecidencia, não tendo vínculos com pessoas, locais ou fatos reais.

“Garota de 17 anos é encontrada morta em uma rua deserta do centro da cidade. Vítima de uma perfuração de bala calibre 38 na cabeça. Segundo o laudo médico confirmou-se espancamento, foi violentada sexualmente, e as escoriações por todo seu corpo confirmavam a violência do crime”.

Carlinha sempre foi uma garotinha esperta, aos cinco anos de idade já sabia fazer suas gracinhas para ganhar presentes de amigos, familiares e parentes, cresceu com um grupo de outras garotas de sua idade, pois no bairro onde morava não havia muitas casas, era o início de um projeto da prefeitura para habitação popular. O bairro crescera muito em poucos anos e fazia parte de uma grande periferia de uma cidade com média de 100 mil habitantes.

Em 1999, quando completou 15 anos, seus pais e amigos deram uma grande festa, e ela continuava a ser a mais sobressaída dentre as outras garotas da mesma idade, lógico que agora não contava muito com os pais para isso, pois sabia aprovariam o que ela estava fazendo nos últimos meses. E assim foi até os dias atuais do ano 2001, quando se aproximava mais uma data de seu aniversário, agora completaria seus 17 anos. Algumas semanas antes da festa, alguma coisa da vida de Carlinha veio ao conhecimento de seus pais, que tão logo a procuraram e deram uma bronca.

O papo foi breve, para ela aquilo era só “amolação” para uma garota de quase 17 anos, que quer curtir a vida. Isso porque aos 17 anos já tinha cheirado cola, fumado maconha, e algumas vezes cocaína, o álcool era rotina nas noites e fins de semanas, abandonara a escola á alguns meses e no mesmo período começou a paquerar Flavinho, filho de um traficante de drogas que estava preso no Rio de Janeiro, mas algumas pessoas dizem que seu padrinho, um homem conhecido por codinome Neto, assumira o controle do tráfico e Flavinho aos dezenove anos possuía uma longa ficha criminal por vandalismo, brigas e até pequenos furtos e era um auxiliar, como gerente de transações do tráfico comandado por Neto, que era conhecido pela frieza e modos brutos que cuidava dos negócios da sua família, levando ao extremo algumas situações, a ponto de ser intocado pela polícia local.

Os pais de Carlinha tinham conhecimento dos fatos, mas já não tinha o controle sobre ela, a qual estava afundada nesta vida ao lado de seu namorado. Como punição por essa rebeldia os pais negaram se a realizar a festa tradicional de todos os anos em seu aniversário. Logo ela indo além decidiu abandona a família e ir mora com amigas no centro da cidade. Agora longe dos pais continuou com sua vida, e prometeu fazer a melhor festa de aniversário que já fizera em todos os anos, pois era naquele fim de semana.

Estava ela com os preparativos da festa em uma calçada com umas amigas, quando em sua frente parara um carro, um opala preto, vidros escuros e abrindo apenas uma fresta deixou cair nas mãos de Carlinha um pedaço de papel, ela o pegou leu e não mostrou para as amigas de imediato o escondeu no bolso.

No sábado, tudo pronto para a festa, Carlinha já se encontrava no local recebendo os amigos quando Flavinho chegou dando a maior bronca, pois havia sido informado que sua namorada estava dando “trela” para outro, foi a maior confusão, os amigos entraram a controlaram a situação. Carlinha ficou chorando e Flavinho saiu furioso dali. A festa continuou mais não era mesma coisa para Carlinha, seu namorado não estava presente e ainda para complicar estava irritado com ela.

E esta situação perdurou até o fim da festa, e quando todos foram embora ficando Carlinha só a vagar pelo salão, balançando os braços e pensando em sua vida. Fim de noite não havia cheirado, fumado, nem se quer bebeu, sua noite não estava completa, foi então que ouviu uma buzina tocar, olhando na direção observara o carro de dias anteriores, que lentamente aproximava em sua direção. A porta abriu, ela sorriu e entrou, terminara sua noite e sua vida aos 17 anos.

“Garota de 17 anos é encontrada morta em uma rua deserta do centro da cidade. Vítima de uma perfuração de bala calibre 38 na cabeça. Segundo o laudo médico confirmou-se espancamento, foi violentada sexualmente, e as escoriações por todo seu corpo confirmavam a violência do crime”.

PATO FU: QUINTA QUE VEM TEM SHOW DA BANDA EM VITÓRIA. CONFIRA!


Na próxima quinta-feira (06), acontecerá a festa de encerramento do Prêmio Colibri com show da banda Pato Fu a partir das 22h no Ilha Shows, em Vitória. O grupo cantará sucessos como "Sobre O Tempo" e "Antes Que Seja Tarde", além de canções de “Música de Brinquedo”, disco lançado em 2010 e todo tocado com instrumentos de brinquedos.

A banda Pato Fu surgiu em 1992, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao lado de bandas como Radiohead, U2 e Portishead, foi considerada pela revista Time uma das dez melhores bandas do mundo fora dos Estados Unidos. Um grande marco na carreira do grupo é o CD “Gol de Quem?”, considerado um disco fundamental do rock brasileiro dos anos 90. Foram muitos prêmios por videoclipes na MTV Brasil, dois Discos de Ouro (pelos álbuns “Televisão de Cachorro” e “Isopor”) e várias canções tocando muito nas rádios.

SERVIÇO - SHOW PATO FU

Local: Ilha Shows (Alameda Ponta Formosa, Praia do Canto, Vitória-ES).

Data e horário0: 06/12 (quinta), às 22h


Ingressos: 1º Lote a R$ 25,00(meia).

Pontos de vendas: Lojas Bahamas e Bicho Guloso.

Classificação: 18 anos.