quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS



O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hichhiker’s Guide to the Galaxy) é uma série de ficção cientifica escrita por Douglas Adams e composta por uma trilogia de quatro livros que, na verdade, são cinco e viraram seis. Confuso, não é? Os livros foram baseados em um seriado de rádio, transmitida originalmente pela BBC em 1978. Há ainda uma série de TV, que foi dividida em 6 episódios, pela mesma emissora, um jogo para computador e um filme do primeiro livro em 2005, tendo como diretor Garth Jennings.
Para não estragar a história e atiçar a curiosidade de nossos leitores, faremos breve análise da trilogia de quatro livros que na verdade são cinco e viraram seis:

Livro 1 - O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy)

O primeiro livro, que também dá o nome a série, traz na capa a frase: “Não entre em pânico”, frase esta que o imaginário livro interplanetário de mesmo nome traz na capa dentro da história.
Quase não escapando da destruição da Terra, a qual foi demolida para a construção de uma auto-estrada galáctica (o mesmo aconteceria com a casa de nosso personagem principal, para a construção de uma autovia), Arthur Dent (Terráqueo inútil) e Ford Perfect (Escritor para o guia) embarcam em uma louca aventura através do tempo e do espaço. Enfrentando diversos perigos (como terem sido torturados escutando poesia ruim) e escapando da morte a cada final de capitulo, eles reúnem forças com Zaphod Beeblebrox (um alienígena de duas cabeças arrogante), Trillian (outro terráqueo inútil) e Marvin (o robô depressivo) para procurar a resposta para o sentido da vida, o qual pode ter sido escondido na recém demolida Terra.

Livro 2 - O Restaurante no Fim do Universo (The Restaurant at the End of the Universe)

Mais aventuras são apresentadas com o elenco maravilhoso de personagens já citados. Com a nave roubada “o coração de ouro” (a primeira nave a aplicar com sucesso o gerador de improbabilidade infinita), Arthur e os outros buscam o “Homem que Governa o Universo” e a resposta ao sentido da vida, a qual é, aliás, “42”.

Livro 3 - A Vida, o Universo e Tudo Mais (Life, the Universe and Everything)

Os infelizes habitantes do planeta Krikkit estão fartos de olhar para o céu, toda noite, e ver a mesma coisa e decidem mudar isso destruindo o céu noturno. Em outras palavras, eles pretendem destruir a Galáxia! Apenas cinco indivíduos estão entre os robôs brancos assassinos de Krikkit e seu objetivo, e adivinha quem são esses cinco? Arthur Dent, o segundo humano sobrevivente a destruição da Terra, o qual insiste em aprender a voar se atirando ao chão, Ford Perfect, de Beteljuice 5, o melhor amigo de Arthur, escritor do guia, o qual decide ficar louco para ver se lhe agrada, Slartibartfast, vice presidente da campanha pelo tempo real, o qual navega em sua nave de comportamento irracional, Zaphod Beeblebrox, o ex presidente da universo, com três braços e duas cabeças e Trillian, o caroneiro sexy e terráqueo.





Livro 4 - Até mais, e Obrigado pelos Peixes! (So Long, and Thanks For All the Fish)

Neste livro, Arthur volta a viver na Terra e se apaixona por uma garota, a qual sabe a resposta para a vida, o universo e tudo o mais, mas ele não se lembra dela...
Este livro é um divisor de críticas, alguns críticos acham este o mais engraçado da série, enquanto outros o consideram o pior. A única unanimidade é que ele se torna mais facilmente compreendido se lido após o livro 5 – “Praticamente Inofensiva”.

Livro 5 - Praticamente Inofensiva (Mostly Harmless)

A obra traz de volta Arthur Dent. Encalhado em um planeta primitivo, Arthur se adapta bem a sua atual situação e se transforma num “fazedor de sanduíche” de sucesso. Tudo vai bem até que Random aparece e diz que Arthur é seu pai.
Arthur tenta cumprir o papel de pai, mas Random, uma adolescente irritadiça e com crise de identidade. Neste meio tempo Ford Perfect rouba a nova edição do guia e o manda a Arthur para que este o guarde a salvo, mas Random descobre e rouba o guia do pai. Arthur e Ford se unem mais uma vez em busca de Random e do guia antes que algo de muito ruim aconteça. Todo o caos e humor esperados e presentes na série estão de volta, embora o final nos deixe a pensar se a famigerada pergunta para o sentido da vida vai ser algum dia respondida ou não... se é que importa.

Livro 6 - E tem outra coisa… (And another thing…)

Este livro em questão foi escrito por Eoin Colfer, após a morte de Douglas Adams, com a permissão da viúva de Douglas.
E tem outra coisa: narra as Aventuras de Arthur Dent e seus amigos no planeta Terra alternativo (uma vez que o planeta original é destruído no primeiro livro da série).
Este planeta também é rapidamente destruído e obriga as personagens a, mais uma vez, saírem vagando pelo universo em busca de novas aventuras.
Apesar de não ter sido escrito pelo seu autor original, o livro foi bem acolhido pelo público e aclamado pela crítica internacional, tornando-o o sexto livro da trilogia de quatro livros que na verdade são cinco e viraram, por conta desta publicação, seis.

Curiosidades

Em 2005, foi lançado pela Touchstone e pela Spyglass o longa metragem baseado no primeiro livro da série. Ainda assim existem várias diferenças entre a história do livro e o filme, todas acrescentadas pelo próprio Douglas Adams que sempre criou um roteiro diferente para cada versão do Guia.
No capítulo 7 do primeiro livro, Adams cita que o pior poema do universo foi criado por Paula Nancy Millstone Jennings. Na série original de rádio, o nome citado era Paul Neil Milne Johnstone, mas Adams foi forçado a mudá-lo para o livro. Johnstone é uma pessoa real, e uma amostra de seus poemas pode ser encontrada na internet.
Em uma homenagem ao livro, fãs celebram o “Dia da Toalha” no dia 25 de Maio, quando todos carregam uma toalha durante o dia inteiro onde quer que vão.
A canção “Paranoid Android”, da banda inglesa Radiohead (assim como muito do contexto do disco “OK Computer”), teve os livros como referência.

(Texto de Fernando Russo Campioni)




Fernando Russo Campioni nasceu em São Paulo/SP. Começou cedo a amar as artes, como música e livros, principalmente por influência de sua mãe, uma leitora ávida e amante de boa música como chorinho, MPB e bandas internacionais, tais como Beatles e Queen. Proficiente no inglês aos 14 anos, Fernando sempre se manteve em contato com a literatura internacional. Tendo ganho de seu pai um videogame Atari ao nascer, Fernando nunca mais se separou dos jogos eletrônicos, e passou, por conseguinte, a se interessar por cultura oriental. Formou-se em Processamento de dados aos 21 anos pela FATEC/ SP e cursou pós em Finanças & Banking. Hoje, Fernando é funcionário concursado de um banco público, poliglota e amante da cultura Geek.

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