domingo, 31 de março de 2013

THE KILLERS. CONFIRA, NA ÍNTEGRA, O SHOW DO GRUPO NO LOLLAPALOOZA 2013.



The Killers encerra primeira noite do Lollapalooza com show grandioso para público de 52 mil pessoas. Grupo enfileirou hits no Jockey Club como 'Human' e 'Somebody told me'

Atração mais esperada do primeiro dia de Lollapalooza, a banda The Killers encerrou a noite desta sexta-feira (29) com um show lotado de hits, público empolgado e muita lama. Ao som de Mr. Brightside, o grupo liderado pelo vocalista Brandon Flowers subiu ao palco e foi brindado pela receptividade da plateia, que cantou a letra do começo ao fim.


"Boa noite, São Paulo. Nós somos The Killers e essa noite somos de vocês", disse o cobiçado cantor, em português, arrancando gritos histéricos das mulheres presentes no evento que acontece no Jockey Club de São Paulo. Em sua terceira passagem pelo Brasil, o grupo norte-americano mesclou o repertório da apresentação com canções de seus quatro disco de estúdio: Hot Fuss (2004), Sam's Town (2006), Day & Age (2008) e Battle Born (2012). 

"É sexta-feira à noite e estamos juntos no Lollapalooza. Vocês trouxeram seus sapatos de dança?", disse o vocalista antes de introduzir From Here on Out. O ponto alto do show ficou por conta das conhecidas Somebody Told Me, que deixou os fãs enlouquecidos, a romântica A Dustland Fairytale e All These Things That I've Done, acompanhada em uníssono pela plateia. 


Nem mesmo a chuva que castigou o público conseguiu desandar a apresentação do The Killers, que mais uma vez provou ter a receita exata para grandes shows: palmas ritmadas, fogos de artifício, muitos coros, refrões simples, e uma atuação sempre cuidadosa liderada pelo frontman galã. 


"Obrigado. Essa é a última canção e vamos tocar o mais forte possível", afirmou Flowers, antes de encerrar o show com o hit When You Were Young, que mais uma vez fez o público cantar e dançar como se não houvesse amanhã. Após aproximadamente 90 minutos de duração, a banda mostrou que sabe mesmo fazer um apresentação para grandes multidões ao melhor estilo 'rock de arena'.  


Confira, na íntegra, o show do The Killers no Lollapalooza 2013:


LITERATURA. ESCRITOR ANAXIMANDRO AMORIM LANÇA “O LIVRO DOS POEMAS” NO DIA 18/04. CONFIRA!



“O LIVRO DOS POEMAS” é o título do livro que o escritor e professor Anaximandro Amorim lançará no próximo dia 18

"O Livro dos Poemas" (Editora AGBook, 2013, 82 páginas) é o quinto livro da carreira de Anaximandro Amorim e o segundo de poesias. Trata-se de um apanhado de poemas, desde 1995 até 2012, num período de quase vinte anos de carreira literária (de quando o autor se lançou, aos 15 anos de idade, até os dias de hoje). A obra é dividida em quatro partes: "O Livro das Descobertas", com alguns dos poemas da adolescência e juventude; "O Livro das Trinas e Haicais", que traz poemas nos quais impera a concisão (como haicais, trinas, poetrix); "O Livro Proibido", com poemas mais sensuais; e "O Livro dos Sonetos", em que o autor abusa da estética das duas quadras e dois tercetos.
A obra será lançada no dia 18 de abril, quinta-feira, às 19h, no" Café com Letras", do Shopping Norte Sul. O lançamento será um verdadeiro sarau, com muita música e declamação de poesia (presença confirmada da "Confraria dos Bardos", grupo poético-performático que declamará alguns poemas do livro). Entrada franca.

ANAXIMANDRO AMORIM

Anaximandro Amorim, 34 anos, capixaba, advogado, professor e escritor. Tem cinco livros lançados independentemente (e relançados pela editora AGBook/ Clube de Autores), sendo dois romances, dois de poesia e uma autobiografia. Faz parte de várias instituições culturais do Espírito Santo, como a Academia Espírito-Santense de Letras, a Academia de Letras Humberto de Campos (Vila Velha/ES) e o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Possui um site com suas obras, biografia completa, além de outras informações: www.anaximandroamorim.com.br.

SERVIÇO

Data: 18 de abril de 2013 (quinta-feira), a partir das 19h.
Local: Praça central do Shopping Norte Sul (térreo), Jardim Camburi (Av. José Maria Vivacqua Santos, nº 400).
Valor: R$ 20,00 (no evento; após o lançamento, R$ 30,00, nas livrarias). O livro também se encontra em pré-venda pelos sites www.anaximandroamorim.com.br ou www.agbook.com.br.



2ª EDIÇÃO DO CAFÉ COM LETRAS. CONFIRA PROGRAMAÇÃO ATÉ JUNHO!


2ª edição do Café com Letras: seu encontro semanal com a Literatura

No Shopping Norte Sul, em Jardim Camburi, Vitória-ES, o empresário Leonardo Picinati arrumou uma maneira de aproveitar ainda mais os espaços. É o projeto Café com Letras.

Você é o convidado! Todas as quintas, às 19h, no Shopping Norte Sul, haverá um grande encontro com algum escritor capixaba. Confira a programação. Não perca!

Cronograma

ABRIL 2013
04/04 - Encontro com o escritor Fabio Freire – 19h às 22h.
11/04 - Encontro com o escritor Franklin dos Santos Moura – 19h às 22h.
18/04 - Encontro com o escritor Anaximandro Amorim, Acad. Espírito-Santense de Letras – 19h às 22h.
25/04 - Encontro com o escritor Leonardo Ferreira – 19h às 22h.

MAIO 2013
02/05 - Encontro com o escritor Ricardo Salvalaio – 19h às 22h.
09/05 - Encontro com a escritora Sonia Pimentel – 19h às 22h.
16/05 - Encontro com a escritora Neida Lúcia – 19h às 22h.
23/05 - Encontro com o escritor Jô Drummond, da Academia Espírito Santense de Letras – 19h às 22h.
30/05 - Encontro com a escritora Maria Rita Sales – 19h às 22h.

JUNHO 2013
 
06/06 – Você escritor que tem interesse em fazer parte do Café com Letras, Seja Bem-vindo e anote os passos que precisa seguir: Entregar na ADM do Shopping, terceiro piso, de segunda a sexta-feira, das 10 às 17horas: 2 (dois) exemplares do(s) livro(s) que pretende trabalhar no encontro. A sinopse do(s) livro(s). Apresentação e foto do escritor, com qualidade para impressão.
 
 

AC/DC. ANGUS YOUNG COMPLETA 58 ANOS. CONFIRA 3 GRANDES SHOWS!


Guitarrista de muito feeling, Angus Young completa 58 anos e está entre os 100 melhores guitarristas de todos os tempos

Angus Young (31 de Março de 1955, em Glasgow, Escócia) é um guitarrista, músico e um dos fundadores da banda de Hard Rock, AC/DC. Apesar de ser escocês, é naturalizado australiano, possuindo dupla nacionalidade. No ano de 2003, foi introduzido juntamente com Malcolm Young, Brian Johnson e outros membros do AC/DC no Hall da Fama do Rock n'Roll. É conhecido no mundo inteiro por sua performance nos palcos durante shows, seu tradicional uniforme escolar, que acabou virando símbolo da banda e por realizar a popular 'Duckwalk', dança inventada pela lenda músical, Chuck Berry. No ano de 2003, esteve presente na lista dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos, ficando na 96º colocação. Um ano mais tarde, foi considerado o 24º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Sua guitarra elétrica predileta é a Gibson SG que conseguiu na Austrália e usa há mais de 30 anos de carreiras. Um dos maiores guitarristas da história do Rock 'n Roll e considerado pela grande maioria o maior riffer de todos os tempos. É autor de célebres riffs de guitarra, como Back in Black, Highway to Hell, Riff Raff, Black Ice, Let There Be Rock, Hells Bells, Rock 'N Roll Train, Thunderstruck, Shoot to Thrill, e entre outros.

Biografia

Angus Young nasceu em Cranhill, Glasgow. É o mais novo de uma família de sete irmãos, filho de William (1911-1985) e Margaret Young (1913-1988), sempre foi apaixonado pela música, principalmente pelo rock n'roll, ainda mais quando seus irmãos mais velhos Malcolm e George Young pensavam em formar bandas. Com isso, Angus começou a tocar violão quando tinha apenas 7 anos de idade. Aos 15 anos de idade, decidiu abandonar os estudos. Em 1963, aos 8 anos, se mudou com sua família para viver na cidade de Sydney, uma das mais populosas da Austrália. Seu vizinho tinha um violão e Angus costumava tocar sempre que o visitava. Seu primeiro violão, no entanto, foi um banjo que pertencia à sua família, em que ele mudou a afinação. Depois, passou para a guitarra, quando ganhou uma Gibson SG. Segundo pessoas que conviviam com o músico, ele era tão viciado no instrumento que por onde ia, era acompanhado dele. Antes de formar o AC/DC com seu irmão, Malcolm Young, Angus tocou num grupo chamado Kantuckee, e que a banda tinha como formação o Bob McGlynn (Vocal), Jon Stevens (Baixo) e o próprio na guitarra, mas acabou fazendo pouco sucesso e sem futuro. Foi a primeira banda a gravar uma fita demo para Stevie Wrights, classicamente conhecido como "Evie", num pedido de George Young. A banda cresceu e mudou o nome para Tantrum, com outro vocal, Mark Sneddon.

AC/DC

Após tocar com a banda por um tempo, Angus desenvolveu a imagem de Schoolboy (Garoto da escola). Antes de ter a imagem de Schoolboy, Angus tentou outras imagens como Spider-Man, Zorro, Gorilla e uma paródia do Super Man, nomeado de Super-Ang. A imagem de Schoolboy veio a ser uma marca registrada de Angus Young. O uniforme original foi retirado de sua escola secundária, Ashfield Boys High School, em Sydney. Há rumores de que ele não tinha tempo de trocar sua roupa antes de ir para os shows. Sua irmã Margaret sugeriu que ele vestisse o uniforme da escola, após Malcolm ter dito que cada membro da banda teria que ter uma vestimenta. Isso pode parecer irônico mas Angus não gostava muito de ir a escola. Eventos Recentes

Angus prefere manter sua vida privada fora da mídia. Atualmente mora em Sydney, Austrália, e também tem uma residência em Aalten, Holanda (por ele ter uma casa na Holanda, ele está numa lista das 500 pessoas mais ricas desse país). É fato também que se casou com sua esposa Ellen em 1980 pouco depois da morte de Bon Scott.
Em 24 de Agosto de 2006, Angus recebeu "Kerrang! Magazine's Legend Award", do editor Paul Brannigan. Paul Brannigan considerou AC/DC como uma das bandas mais importantes da história do Rock. E Angus Young também já foi coroado como maior ícone do rock por uma revista inglesa.

Abaixo, confira, na íntegra, 3 grandes shows do AC/DC:



"UM DEDO DE PROSA" ENTREVISTA O AUTOR ANAXIMANDRO AMORIM


Anaximandro Amorim (1978) é escritor, advogado, bacharel em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e pós-graduado em Direito pela Escola da Magistratura do Trabalho da 17ª Região (EMATRA - 17ª Região). Membro da Associação dos Professores de Francês do Estado do Espírito Santo (APFES), do Conselho Estadual de Cultura, da Academia Espírito-Santense de Letras e da Academia de Letras Humberto de Campos, de Vila Velha/ES. 

Confira, na íntegra, a entrevista do autor para o programa "UM DEDO DE PROSA": 

sábado, 30 de março de 2013

LITERATURA. AMANHÃ TEM ENCONTRO DA CONFRARIA DOS BARDOS. PARTICIPE!


Gosta de Literatura? Venha ao encontro e conheça pessoas com o mesmo interesse: a escrita e a leitura

O encontro funciona da seguinte maneira: cada escritor levará o texto a ser exposto aos demais e com cópias, que serão distribuídas, para tornar a leitura mais fácil. Cada autor é livre para falar sobre suas influências e o processo de criação de seu texto, e cada texto lido é seguido com comentários do autor e dos outros membros do grupo. Desta forma, os encontros possuem caráter bem “dinâmico” e livre.
Os encontros acontecem sempre no último domingo do mês e, provisoriamente, no Campus da UFES.

CONFRARIA DOS BARDOS

A “Confraria dos Bardos” é um grupo de Vitória, capital do Espírito Santo, que tem como intuito reunir escritores de literatura, divulgar e tornar acessível a obra, a imagem e o evento do artista literato – ser mais um suplemento de apoio a esta cultura.

Além disso, a Confraria também realiza performances poéticas, seu trabalho pode ser conferido no Facebook: http://www.facebook.com/confraria.dosbardos/photos_albums

SERVIÇO

16º Encontro da CONFRARIA DOS BARDOS

Local: Sala do Coral (Próximo ao Cine Metropólis) – UFES.

Quando: domingo, dia 31 de março.

Horário: 14h30min.

Blog da Confraria dos Bardos: http://confrariadosbardos.wordpress.com/

CLAPTON IS GOD. ERIC CLAPTON CHEGA AOS 68 E LANÇA UM ÓTIMO ÁLBUM



Quase três anos se passaram desde que Eric Clapton lançou seu último álbum. Nesta semana, o ‘slowhand’ voltou. Desde que assumiu que seguiria em carreira solo, em 1970, Clapton nunca esperou mais de cinco anos para jogar um trabalho seu no circuito

Divulgado oficialmente no último dia 12, o novo álbum solo do guitarrista chegou aos ouvidos de seu público sem muito alarde. Em “Old Sock”, Clapton procurou selecionar faixas que significassem algo para ele mesmo. Escolhido a dedo, o repertório desfila músicas que o influenciaram por toda a vida, passando por gêneros dos quais ele, em algum momento, já usufruiu – do reggae ao soul, do rock ao blues.
Além das duas inéditas (“Every Little Thing” e “Gotta Get Over”), Clapton mistura em “Old Sock” obras de Gary Moore, Taj Mahal, Gershwin, Otis Redding e Peter Tosh. Para os mais fanáticos, haverá também uma edição de luxo, limitada em mil cópias, com uma faixa extra (“No Sympathy”) e outros mimos para colecionadores – um livreto com fotos, letras e um cartão USB com os arquivos das gravações em alta qualidade.

O tom de ‘encontro entre amigos’, personalista, fica ainda mais evidente quando se lista os convidados especiais para a gravação: JJ Cale, parceiro no disco “The Road to Escondido” e quem um dia lhe rendeu seu hit Cocaine; Steven Winwood, organista e colega na sessentista Blind Faith; e Paul McCartney, fazendo o baixo bem marcado e a segunda voz no standard “All of Me”.

Acima de tudo isso, o disco coincide com outro marco da carreira do guitar-hero: os seus 50 anos de estrada, que serão comemorados com o início de uma turnê mundial. Haverá shows por várias cidades nos Estados Unidos, incluindo aí o Crossroads Guitar Festival, em Nova York, do qual também devem participar BB King e Buddy Guy, por exemplo.
Depois disso, segue para a Europa e toca na Alemanha, Polônia, Irlanda e Áustria, entre outros. Faz ainda uma série de apresentações no Royal Albert Hall, em Londres, onde apareceu pela primeira vez na década de 1960, com os Yardbirds. Dessa vez, porém, ele desabafa: turnês mundiais já não fazem mais parte de seus planos.
Apesar de não ser um homem de entrevistas, Eric Clapton abriu o jogo para a edição norte-americana da revista Rolling Stone e revelou estar exausto. O cansaço, ele explica, tem mais a ver com as burocracias envolvidas em uma grande turnê. As longas viagens, os trâmites de imigração e as incontáveis revistas nos aeroportos são queixas comuns de artistas que acumulam décadas de carreira e, somadas aos 67 anos de idade do ‘slowhand’, não chegam a surpreender.

Seria leviano dizer que o ato de jogar a toalha a essa altura do campeonato o tornaria menos deus. Ao longo dos anos, Clapton comeu o pão que o diabo amassou e sofreu vários baques na carreira. Em 1971, o guitarrista Duane Allman, que junto com ele e com o Derek and The Dominos gravou o disco Layla and Other Assorted Love Songs, morreu em um acidente.
Dois anos depois, afundado nas drogas, Clapton ganhou uma força de Pete Townshend, do Who, que promoveu um show, o “Rainbow Concert”, como forma de estimular o bluesman a se livrar do vício da heroína. Na década de 1990, amargou a morte do guitarrista texano Stevie Ray Vaughan, seu companheiro de turnê, em um trágico acidente de helicóptero.
E nem um ano depois sofreu talvez a maior de suas perdas: seu filho, de apenas quatro anos, morreu ao cair da janela do apartamento. Eric Clapton, no entanto, seguiu em frente: em 1994, lançou o histórico e venenoso “From the Cradle”, com releituras de clássicos de Willie Dixon, Lowell Fulson e outros blues.

“Old Sock” é o vigésimo primeiro álbum solo de uma carreira que deve muito à década de 1960. Influenciado pelo blues eletrificado de Chicago, Clapton teve destaque com os Yardbirds no início da estrada. Em 1965, ficou com John Mayall e a BluesBreakers durante um curto tempo, mas o suficiente para participar de um dos mais emblemáticos álbuns do blues britânico.
Dali em diante, formou com Jack Bruce e Ginger Baker o Cream, trio que desconstruiu o rock n’ roll em várias frentes e lançou quatro álbuns aclamados até hoje. Ao lado de ninguém menos que John Lennon, Keith Richards e Mitch Mitchell, Clapton também fez a sua parte com o Dirty Mac, em uma histórica apresentação no picadeiro dos Rolling Stones, o Rock and Roll Circus.

O currículo do guitarrista, em outras palavras, é um sem fim de álbuns, bandas e parcerias, que podem ir desde o ex-beatle George Harrison – e sua mulher Pattie Boyd, que Clapton conquistaria, em traição ao amigo – a novas e velhas figuras do blues, como Gary Clark Jr. ou BB King. Em 2001, em uma das vezes em que veio ao Brasil, o anúncio parecia irreversível: Eric Clapton faria a sua última turnê mundial, com ênfase na palavra derradeira. Dez anos depois, porém, a boa nova chegou e o britânico voltou a pisar por aqui.
Na época, a “surpresa” de seu retorno foi bem recebida (assim como aconteceu com BB King por duas ou três vezes) e provou novamente que sua carreira continuava um sucesso. Agora, com 68 anos, o guitarrista disse, em entrevista à Rolling Stone que abandonará as turnês quando completar 70. Até lá, quem sabe ele não muda de ideia. A música e os fãs agradecem.

Fonte: Jornal da Tarde/ Acervo pessoal

Abaixo, confira, uma canção de "Old Sock" e 2 grandes shows do mestre:

ERIC CLAPTON 68 ANOS: A AUTOBIOGRAFIA


Hoje, 30 de março, Eric Clapton completa 68 anos. Como homenagem, o Outros 300 versa sobre sua ótima autobiografia, que foi lançada em 2007. O livro é um relato vivo de um dos maiores guitarristas de todos os tempos


Nos idos de 1960, quando as pichações de Londres anunciavam "Clapton é Deus", o brilhante guitarrista inglês, na verdade, estava vivendo no inferno. Eric Clapton trocou o vício em heroína pelo álcool, passou por relacionamentos afetivos desastrosos e pensou em suicídio segurando uma garrafa de vodka em uma mão e um revólver na outra.

A divindade da guitarra há muito tempo se entregou a uma força superior. Aos 62 anos, Clapton está sóbrio há 20, é feliz no casamento e tem três filhas. Este é, sem dúvida, um ótimo momento para refletir sobre uma vida extraordinária, e é exatamente isso que faz o músico do hall da fama do rock em "Eric Clapton: Autobiografia", que foi lançada no Brasil pela editora Planeta.

Ao contrário de trabalhos desse tipo realizados por diversas estrelas do rock, este não inclui lendas Zeppelianas de tietes taradas ou textos encomendados de autores anônimos contando histórias musicais e pessoais. Clapton apresenta uma visão inexoravelmente sincera e crítica sobre sua vida, narrando a proximidade da morte e a recuperação, intercaladas com histórias de uma carreira musical inigualável.

Clapton, bebendo uma garrafa de água em uma sala da Rádio Pública Nacional antes de participar de um programa da rádio, contou que fugiu intencionalmente daquele tipo mais comum de autobiografia de celebridades.

"Para seguir aquele molde, nem saberia por onde começar", explica Clapton. "Nem sei o que aquilo significa, pra ser bem sincero. A palavra 'celebridade' perdeu qualquer que fosse seu real significado. Na verdade, tentei descobrir por mim mesmo como faria esse trabalho".

Em princípio, Clapton planejava conceder uma batelada de entrevistas sobre sua vida, deixando as tarefas de compilação e organização do livro a cargo de um colaborador. Mas uma leitura atenta da primeira versão fez com que o guitarrista sentisse vontade de se envolver mais a fundo no projeto.

"Percebi que não era o que eu queria fazer de forma nenhuma", diz Clapton. "Então reescrevi o texto e depois pensei, 'Eu mesmo vou escrever tudo'".

Robert Johnson

A inspiração de Clapton nas cordas, Robert Johnson, cantava sobre um cão monstruoso e demoníaco que surgiu em seu caminho ("Hellhound on my trail"). No caso de Clapton, havia uma matilha inteira o perseguindo, até que uma segunda passagem pela reabilitação mudou sua vida em 1987. Johnson morreu aos 27 anos, e houve um período em que Clapton teve certeza de que sua própria vida não duraria muito mais do que isso.

"Eu acreditava naquela idéia quando era jovem e tentava me identificar com esses caras", Clapton diz se referindo a Johnson e outras lendas do blues. "É o tipo de fantasia incorporada que se agrega ao vício, uma forma de justificar a necessidade que eu tinha de ficar chapado. Algo do tipo: 'É isso que os meus heróis faziam'".

Apesar de tudo, Clapton criou um legado musical indelével, passando por diversos gêneros e, ao mesmo tempo, inspirando gerações. Os títulos dos capítulos da autobiografia servem como um roteiro da vida do músico: "The Yardbirds", "Cream",
"Blind Faith", "Derek and the Dominos".

Clapton, desde o início da carreira com os Bluesbreakers, de John Mayall, rapidamente assumiu uma posição de total entrosamento no universo da música. Saía com os Beatles e os Rolling Stones, participava de jams com Muddy Waters e Duane Allman, influenciou Stevie Ray Vaughan, Derek Trucks e milhares de outros guitarristas.

Ele confessa, sem constrangimento, que não consegue se lembrar de tudo o que aconteceu.

"Minha memória dos acontecimentos do final da década de 60 até o início da década de 80 é bastante fragmentada", conta Clapton. "Escrevi aquilo que consegui me lembrar e precisei de colaborações também".

Mick Jagger

O livro de Clapton não é totalmente desprovido daquelas histórias adoradas pelos tablóides. Ele se recorda de como Mick Jagger roubou sua namorada, uma modelo italiana, provocando delírios homicidas em Clapton ao final dos anos 80.

"Eu fiquei mentalmente perturbado", recorda-se Clapton. "Queria matá-lo. Passei um bom tempo tramando maneiras de destruí-lo ou simplesmente fazê-lo desaparecer. Foi aquele tipo de fantasia insana, típica de um alcoólatra em recuperação".

Ele também mergulhou no relacionamento com Pattie Boyd, que se uniu a Clapton depois de sua separação do beatle George Harrison. O relacionamento entre os dois, que viria a ter um triste fim, fez de Pattie a musa inspiradora de algumas das canções mais famosas de Clapton, como "Layla" e "Wonderful Tonight", antes de o romantismo se transformar em amargura.

Clapton contou sobre uma ida recente, em um domingo de manhã, ao mercado perto de sua casa. Na banca, viu que os jornais ingleses haviam publicado trechos da recém lançada autobiografia de Pattie, "Wonderful Tonight". Ao pegar o jornal, foi impossível ignorar a manchete da primeira página: "O ALCOOLISMO DE ERIC CLAPTON DESTRUIU MEU CASAMENTO".

"O editor da manchete optou por me castigar com tudo", diz Clapton com uma polidez tipicamente britânica. "Estou no mercadinho do bairro e fico pensando, 'Será que os vizinhos estão me vendo ler isto?'".

Clapton recebeu seu convidado sozinho, sem aquela tropa de secretárias ou assessores de imprensa. Usa óculos e sua audição começa a ficar prejudicada. Os cabelos estão cortados bem curtos e a barba é rala. Vestindo camiseta e calça jeans, Clapton é despretensioso e acessível. Ora pensando, contemplativo, ora dando risada.

Para escrever o livro, ele consultou os diários que escrevia durante os anos 80. Os pensamentos, encaixotados no sótão durante anos, reavivaram memórias dolorosas. Clapton se lembrou que escrevia os diários com a caneta em uma mão e a bebida na outra.

"Eu tinha delírios de grandeza", diz ele com uma risada de autocensura. "Eu pensava que tinha algo de importante a dizer. É disso que a bebida era capaz: ela me dava uma idéia distorcida e iludida de que eu era super importante".

"Depois que eu me calibrava com a minha dose diária de álcool, ficava fácil dedicar algumas horas para escrever pensamentos ruins. Hoje em dia, acho que não ocuparia meu tempo com isso".

Tempo ocupado

Hoje em dia, na verdade, o tempo dele já está ocupado. Além da dedicação à família, Clapton continua trabalhando ativamente em prol do centro de tratamento de dependentes Crossroads, que fundou há quase uma década em Antigua. Há alguns meses, um enorme show foi organizado para arrecadação de fundos para o centro. E, embora pense em parar de se apresentar, Clapton não planeja se aposentar.

"Não posso parar com as turnês. E não vou", diz ele enfaticamente. "Acredito que eu tenho uma responsabilidade de tocar para as pessoas".

Com o passar dos anos, Clapton viu diversos amigos e colegas morrerem, de Jimi Hendrix a George Harrison, de Duane Allman a Bob Marley, de Stevie Ray Vaughan a Muddy Waters. Perguntado sobre como conseguiu sobreviver, Clapton já tinha uma resposta na manga.

"Sempre supus que, na verdade, foi porque até hoje não consegui alcançar a organização e a eficiência ideais", responde ele, gargalhando. "Talvez seja melhor não aperfeiçoar demais, porque daí sim será o momento de parar".

"Fico feliz que tenha acontecido assim. Ainda não acho que cheguei ao máximo. Ainda estou aprimorando minha música".

O que? Eric Clapton ainda está acertando os acordes?

"É", responde ele, cuja risada tomava conta da sala. "Ainda estou em busca do som perfeito".

sexta-feira, 29 de março de 2013

LICENÇA CRÔNICA: ANDRA VALLADARES


Andra Valladares reside na cidade de Vila Velha/ES, exerce a profissão de advogada e atua no cenário cultural como cantora/compositora e poeta/escritora. Publicou poemas e textos em aproximadamente 30 antologias literárias. Em janeiro desse ano, lançou o CD "Andra Valladares", seu primeiro trabalho musical autoral. A obra tem patrocínio da Lei Vila Velha Cultura e Arte e Prefeitura Municipal de Vila Velha. Andra também é integrante do grupo lítero-musical "Vozes da Vila". Membro e atual presidente da Academia de Letras Humberto de Campos (Vila Velha/ES). Confira, abaixo, a crônica “Ócio criativo:

ÓCIO CRIATIVO

"Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus."

(Cidadezinha Qualquer - C. Drummond de Andrade)

O artista não precisa apenas de "inspiração e transpiração" para criar, também é de vital importância um tempo para o ócio, o sossego.

A mente descansada entra numa vibração diferente e torna-se um ambiente fértil para a criatividade, as ideias fluem como água de nascente: límpidas, frescas e serenas...

Às vezes o sono não é suficiente para relaxar, o stress começa cedo, com o toque do despertador. Nesses momentos, o paraíso seria arrumar as malas e seguir para um lugar afastado, bem no meio do mato.

Ao invés do odor de "dióxido de carbono", o aroma das flores, do capim e da terra molhada... No lugar do pó de minério, a poeira da estrada... O som dos passarinhos e insetos substituindo o monótono ruído dos automóveis com suas buzinas irritantes.

Simplesmente... Beber água fresca direto da bica, andar de pé no chão, respirar fundo e sentir o verde invadindo os pulmões. Sentar debaixo de uma árvore no final da tarde e ficar cismando ao som dos grilos, tendo como única preocupação as matizes de cores do ocaso...

Assistir o espetáculo da neblina descendo a montanha e invadindo a casa, como já presenciei certa vez. Essa imagem ainda é vívida em minha memória como um dos mais belos registros que meus sentidos já captaram, apesar de ter ocorrido há vinte anos.

Na hora do lanche, o café da roça, torrado na hora, acompanhado de um bolo simples ou mandioca cozida bem quentinha. À noite, curtir o friozinho e a paz num passeio para apreciar o luzir dos pirilampos na mata, com os ouvidos atentos aos inúmeros sons emitidos pelos animais e insetos noturnos.

Acender uma fogueira e reunir a família para contar causos, apreciar a empolgação das crianças com o crepitar do fogo, assar batata na brasa, tomar chá de capim cidreira colhido no quintal, para finamente dormir o sono dos justos e deixar o inconsciente processar através dos sonhos toda a riqueza de momentos vivenciados plenamente e eternizados no tempo...

Como me faz falta essa vivência e o contato com a natureza com sua abundância de imagens, sons, cheiros, sabores, texturas... Sem isso me sinto pobre, exaurida, oprimida e com vontade de “sumir do mapa”!

Privilegiado é quem pode fugir da cidade nos feriados e finais de semana para conectar-se com essa rica simplicidade, permitindo-se vivenciar o poema de Drummond e deixar a vida prosseguir devagar...

Enquanto aguardo tão precioso momento, permito-me ouvir no ecoar das batidas do coração aquela canção: “Eu quero uma casa no campo, do tamanho ideal, pau-a-pique e sapê... Onde possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros e nada mais...”