sexta-feira, 19 de abril de 2013

MANUEL BANDEIRA 127 ANOS



Um dos pioneiros do Modernismo, Manuel Bandeira nasceu no Recife (PE), em 19 de abril de 1886

Transferiu-se aos 10 anos para o Rio de Janeiro, onde cursou o secundário no Externato do Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, bacharelando-se em letras. Em 1903 matriculou-se na Escola Politécnica de São Paulo para fazer o curso de engenheiro-arquiteto, mas teve de abandonar os estudos no ano seguinte, ao contrair tuberculose. Tratou-se em estações climáticas no Brasil e em Clavadel, na Suíça, onde morou de junho de 1913 a outubro de 1914, tendo como companheiro de sanatório o poeta Paul Éluard. De volta ao Brasil, fixou-se no Rio.

Lançou seu primeiro livro de poesias, A Cinza das Horas, em 1917, e firmou-se como pioneiro do modernismo com a obra Carnaval (1919). Seu poema Os Sapos foi lido no Teatro Municipal de São Paulo durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Além de poeta, foi professor, cronista, crítico e tradutor. Morreu no Rio de Janeiro, em 13 de outubro de 1968, consagrado como um dos maiores poetas brasileiros.

Abaixo, confira o poema “Arte de amar”:

ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


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