sábado, 5 de outubro de 2013

LANÇAMENTO: A ESTREIA SOLO DE JULIANO GAUCHE


Em 2013, o cantor, compositor (e vocalista da banda Solana) Juliano Gauche apareceu em um ótimo tributo, o “Coitadinha, Bem Feito” com canções da Angela Ro Ro, fazendo uma boa versão de “A Mim e a Mais Ninguém”. Agora, radicado em São Paulo, ele lança, de forma independente, seu primeiro álbum solo, que leva seu nome. No ES, além de cantar no grupo Solana, o artista também participou de grupos em homenagens a Sérgio Sampaio, Raul Seixas, entre outros.

Em Sampa, ele começa a dar as caras. Sua voz peculiar pode ser conferida no lançamento do mais recente álbum “Expassos”, do grupo Vitrola Sintética, onde fez uma participação especial na faixa “Terno”, mostrando todo o seu potencial e ratificando o que se diz de sua voz e performance. No contexto da cena paulistana, Juliano está muito bem acompanhado por Junior Boca e Tatá Aeroplano (produtores deste disco), Peri Pane e Gustavo Galo (da Trupe Chá de Boldo). Todos eles acrescentam suas próprias características – sutis ou intensas, delicadas ou carregadas de fortes emoções – nas nove canções do álbum.

Canções como “Cuspa, Maltrate e Ofenda”, tema que abre o cd com atmosfera sonora oitentista, “Contando os Dias” e “Isto” surgem densas, nem sempre apontando para a alegria, porém sem resvalar no banal ou na total infelicidade. Já a redenção se faz presente em números “Como a Falta de Ar” ou “Deixa Essa Porra Prá Lá“, música que fecha bem o disco e deixa claro que  no universo do compositor as coisas parecem ter salvação.

Desde os tempos de Solana, percebe-se que Juliano canta muito bem, nos mais variados estilos. Neste álbum, isso fica mais nítido. Há algo de introspecção. Há algo de místico. Há algo oculto. Cada um vai sentir isso de uma maneira muito particular. A cada play, um aspecto antes desconhecido emerge. Só baixando e ouvindo pra “ver”. Da série “discos para degustar”.


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