quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CRÍTICA DO FILME 'CLUBE DE COMPRAS DALLAS'

Filme que colocou o galã Matthew McConaughey como favorito ao Oscar de melhor ator, 'Clube de Compras Dallas' estreou neste fim de semana no estado. Confira nossas impressões acerca do filme.

Por Sandro Bahiense


Só valeu pelo Leto e pelo McConaughey
Longo, chato e repetitivo, filme se arrasta e dá sono

McConaughey e Leto, magérrimos e extremamente concentrados e dedicados a seus papéis. Pronto, esse é o único ponto de entusiasmo de 'Clube de Compra Dallas'. No mais o filme se arrasta em infinitos 117 minutos de informações repetidas, didáticas e de soluções (nem sempre) banais.

A trama

O filme é baseado em uma história real, a de Ron Woodroof (Matthew McConaughey), um heterossexual texano que adquiriu o HIV através do compartilhamento de seringas contaminadas e sexo sem proteção.

Woodroof é um ninguém, um sujeito sem perspectiva, que vive de pequenos golpes e não tem pretensões na vida a não ser transar com o maior número de mulheres fáceis que conseguir e tomar algumas cervejas no bar local. No entanto, quando descobre que tem apenas mais 30 dias de vida - "estamos surpresos que você ainda esteja vivo", dizem os médicos - o vagabundo finalmente encontra seu propósito: o de permanecer vivo.


Crítica

Daí Woodroof passa a traficar AZT e todos os remédios que ajudam os soropositivos a terem uma sobrevida (o filme se passa no final dos anos 80, início dos 90). Em dado momento, o cara procura outras drogas não legalizadas no México e na Europa quebrando, indiretamente, o monopólio das indústrias farmacêuticas do país.

O filme passa a criticar, veladamente, essa industria, o que é aceitável. O problema é que essa critica é constante e repetida a exaustão, sempre acompanhado por alguma sugestão que nem sempre seria tão viável.

Com isso o filme fica chato, arrastado e se valendo basicamente da atuação de McConaughey e de Leto (um travesti que o acompanha em algumas compras e vendas) e de alguns diálogos bem elaborados.


O tema é bom, o filme é bem rodado, mas uma dinâmica maior daria melhor resultado. Ainda assim vale pelas atuações e pela boa estória. Se McConaughey merece ganhar o Oscar? Pra mim não. O prêmio seria do Di Caprio. Aguardemos...

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