sábado, 26 de abril de 2014

MATÉRIA ESPECIAL: MILHEM CORTAZ - A CARA DA LEI NO CINEMA E TV

Se tem alguém que é a cara da lei (ou de sua transgressão) no cinema e na TV nos tempos atuais, este alguém se chama Milhem Cortaz. O nome não lhe é conhecido? Leia a matéria completa que tenho certeza que você vai saber quem é.

Por Sandro Bahiense


Cara de ruim + grandes atuações + veracidade
Somatório eficaz faz Milhem ser sempre lembrado em filmes policiais

O que faz um ator ser sempre lembrado para interpretar um segmento específico na TV ou no cinema? No caso de Milhem Cortaz, rosto famosíssimo no cinema e na TV nas produções policiais, é a notória cara de ruim, mas, principalmente, a veracidade e vivacidade do ator nestes personagens.

Não que Cortaz não passeie por outros estilos (já são 31 filmes na carreira), mas sua imagem invariavelmente é lembrada nos filmes policiarescos, seja como policial, seja como bandido. E o mais importante: Sempre com grande destaque.


Início em 'Carandiru'

Cortaz começou no cinema atuando no desconhecido 'Através da Janela', mas foi em sua terceira empreitada na telona que se destacou interpretando o bandido Peixeira em 'Carandiru'. Daí em diante Milhem interpretou os policiais Fábio Barbosa (em Tropa de Elite), Carlos José Lima (na novela 'Chamas da Vida' da Record), Jorge Medeiros (na série 'Fora de Controle' da Record/Universal), Branco (em 'Alemão'), além de novos trabalhos - todos como policial - para 'Plano Alto' série da Record e 'O Cobrador' filme do falecido músico/roteirista Chorão que estrearão ainda este ano.

Como bandido Cortaz se destacou como Alemão (de 'Garotas do ABC), Lúcio Flávio (de 'O Magnata'), Eike Gomes (de 'Vips'), Osmar (de 'Boca') e principalmente como Barão, líder do bando que faz o famoso assalto ao Banco Central de filme homônimo. 

milhem

Prêmio e sucesso em 'Tropa de Elite'

Porém foi mesmo em 'Tropa de Elite' que Milhem Cortaz se destacou. Na pele do policial corrupto Fábio Barbosa, o ator concorreu a vários prêmios, tendo abocanhado o Grande Prêmio Brasileiro de Cinema em 2008 pelo papel.

Contudo é importante que Cortaz tente se desfazer desta imagem de "Charles Bronson brasileiro". Recordo-me de, recentemente, tê-lo visto, em sequência, em 'Fora de Controle', 'Alemão' e 'Carandiru', no mesmo dia, em intervalo pequeno, sempre envolvido em papéis policiais. 


Isto não é interessante a um ator que já se mostrou tão versátil, logo seria ideal que ele fugisse destes títulos, pelo menos por enquanto, para evitar que sua imagem fique só atrelada aos cops movies. Mas que ele é bom como policial - ou bandido - isso é, não há como negar!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

ZÉ RAMALHO EM VITÓRIA

Maio promete trazer uma grande atração nacional a Vitória. Trata-se do consagrado cantor Zé Ramalho. O paraibano se apresentará na Arena Vitória. Saiba data, horário e valor dos ingressos lendo a matéria completa.

Zé Ramalho - Vitória/ES

Vitória receberá o "hit man"
Com carreira recheada de sucessos, Zé Ramalho promete super show no estado

No mês de maio, Vitória receberá a apresentação de um dos principais nomes da música brasileira. O cantor paraibano Zé Ramalho, famoso por hits como “Admirável Gado Novo”, “Garoto de Aluguel” e “Chão de Giz”, virá ao Estado para um show único, na Arena Vitória, dia 24 de maio, a partir 20:30h.

Tido como um dos 100 maiores nomes da música no Brasil, José Ramalho Neto começou a sua vida artística em palcos da Paraíba, nos anos 70, se apresentando em conjuntos de baile inspirados na jovem guarda e no rock inglês. O sucesso nacional veio em 1979, quando lançou as músicas “Frevo Mulher” e “Admirável Gado Novo”, tema da novela “O Rei do Gado”.

A Arena Vitória será toda montada com estrutura exclusiva para receber, com qualidade e estilo, os que escolherem desfrutar da música sertaneja, rural e “agalopada” que Zé Ramalho apresenta em seus shows. A noite contará com sucessos como “Mistérios da Meia Noite”, “Avohai”, “Taxi Lunar”, “Bate na Porta do Céu”, entre outros.

Arquibancada (Inteira) 1° Lote R$ 60,00
Arquibancada (Meia-entrada) 1° Lote R$ 30,00

Área Vip (Inteira) 1º Lote R$ 120,00
Área Vip (Meia) 1º Lote R$ 60,00

Mesa 1º Lote R$ 600,00

No site da Blueticket

ESTREIA HOJE 'INATIVIDADE PARANORMAL 2'

Mais um filme de paródia chega ao estado. Depois de 'Copa de Elite' agora é a vez de 'Inatividade Paranormal 2' filme protagonizado por Marlon Wayans. Saiba mais sobre a estreia lendo a matéria completa.

Por Luísa Torre

Mais uma paródia no cinema chega ao Estado

"Inatividade Paranormal 2" é o novo representante do gênero


Comédia pastelão recheada de piadas que fazem referência a filmes de sucesso lançados em 2013, a paródia “Inatividade Paranormal 2” chega aos cinemas do Estado hoje, prometendo arrancar risos com uma atuação hilária de Marlon Wayans, mesmo protagonista da parte um do filme, que arrebatou quase um milhão de espectadores no Brasil.

Nos cinemas da Grande Vitória, a paródia se junta ao brasileiro do mesmo gênero “Copa de Elite”, filme de Vitor Brandt, que brinca com longas brasileiros de sucesso, entre eles “Tropa de Elite” (2007) e “Bruna Surfistinha” (2011), e mostra que, no Brasil, a paródia tem seu público.

Embora o gênero, atualmente, tenha a marca do cinema comercial dos Estados Unidos no imaginário do público, o professor Fabio Camarneiro, do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), acredita que cinema brasileiro é melhor que o norte-americano na paródia. “Nossas chanchadas eram paródias bem feitas, antes da moda dos Estados Unidos. Já parodiávamos os filmes deles desde ‘Matar ou Correr’ e ‘Nem Sansão Nem Dalila’ (ambos de 1954, de Carlos Manga) ou ‘Carnaval Atlântida’ (1952, de José Carlos Burle). Os caras faziam piada com a tradição do cinema americano e agora estamos fazendo com o nosso. Eles devem ter aprendido com a gente a fazer paródia”, brinca o professor.

Ao brincar com as produções recentes que simulam gravações reais de possessões e fenômenos sobrenaturais, “Inatividade Paranormal 2” bebe na mesma fonte da série “Todo Mundo em Pânico” – que também conta com Marlon Wayans no elenco – e, em cinco filmes, satiriza longas de sucesso como “Pânico” e “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado” e toda a onda de terror teen que ronda os Estados Unidos desde o final da década de 1990.


Clássicos

Mas, antes dessa onda, que até hoje rende frutos – vide “Os Vampiros que se Mordam” (2010) e “Espartalhões” (2008) –, outras paródias com uma linguagem diferente também se tornaram sucesso de bilheteria, lembra Klaus Berg Nippes Bragança, também professor do curso de Cinema e Audiovisual da Ufes. “Antes da levada americana da década de 1990, de ‘Todo Mundo em Pânico’, tivemos na década de 1980, por exemplo, ‘Aperte os Cintos, o Piloto Sumiu’.”

Bragança explica que, como a paródia é uma citação de outros textos, no Brasil, talvez a novidade do gênero seja o tipo de citação feita. “Se nas chanchadas nossas referências eram do cinema norte-americano, as referências agora são nacionais. A paródia depende de um texto em domínio público, para que se saiba do se está falando”.


Protagonista de “Copa de Elite”, o ator Marcos Veras (foto acima) destaca que o estilo do longa é uma linguagem que o Brasil não usa muito atualmente, mas reflete a boa fase do cinema nacional. “O ‘Copa de Elite’ é um reflexo da retomada do cinema. Os EUA fazem muito isso pois têm filmes para brincar. Só se faz paródia do que é sucesso”.

O diretor Vitor Brandt completa que muita gente desvaloriza a paródia enquanto gênero. “Esse é um subgênero de comédia que é criticado, mas tentei fazer um filme bem honesto e engraçado”.

Relembre

Todo Mundo em Pânico
O primeiro filme da série – que rendeu 5 longas – foi lançado em 2000 e brinca com filmes de terror adolescentes, como “A Bruxa de Blair”, “Pânico” e “Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado”.

Top Gang – Ases Muito Loucos
Com Charlie Sheen, o filme de 1991 brinca com o famoso “Top Gun”.

Não é Mais um Besteirol Americano
O filme de 2004 misturou estereótipos das comédias românticas adolescentes como “Ela é Demais”.


Jogos Famintos
Inspirado em “Jogos Vorazes”, no filme de 2013, Kantmiss Evershot (Maiara Walsh) luta pela própria vida e por um pedaço de presunto.

Os Vampiros Que Se Mordam
Paródia sobre filmes de vampiro, com citações à saga “Crespúsculo”, foi lançada em 2010 com direção e roteiro de Jason Friedberg e Aaron Seltzer.

A Saga Molusco
“Crepúsculo” também foi alvo de brincadeiras nesse filme de 2012, dirigido por Craig Moss.

HOMENAGEM AO DIA CHORINHO SEXTA EM VITÓRIA

Sexta-feira acontecerá uma homenagem ao dia do chorinho. Apesar de ter acontecido nesta quarta, será nesta sexta, no Morro dos Alagoanos, que teremos o melhor do samba do estado e país. Saiba mais lendo a matéria completa.

Por Erik Oakes

Homenagem ao choro no Morro dos Alagoanos

Evento acontece na sexta-feira (25), no Morro dos Alagoanos, com três grupos do gênero


O Dia Nacional do Choro foi nesta quarta-feira (23), mas ainda dá tempo de celebrar a data e curtir o ritmo em um de seus redutos mais tradicionais na capital capixaba. O Encontro de Chorinhos e Chorões chega a sua 11ª edição levando três atrações locais ao Morro dos Alagoanos, em Vitória.

“Somos a única cidade do Brasil que celebra a data desde que foi instituída, em 2000”, comemora o agitador cultural Raimundo Oliveira, explicando o motivo do festival ser realizado fora da data neste ano. “Excepcionalmente em 2014 realizamos o festival na sexta-feira porque o Dia Nacional do Choro foi numa quarta. Queríamos fazer o evento mais próximo do fim de semana para o público aproveitar melhor”, detalha.

Entre as atrações, estão os grupos Harmonia, Carne de Gato e Samba Choro Pop Som. Sucessos do gênero, considerados hinos, como “Tico-Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim), “Carinhoso” e “Lamento” (Pixinguinha) estão garantidos na festa.

“Esta é uma data de valiosíssima importância para a música. Ela faz uma homenagem a um gênero totalmente brasileiro, se não o primeiro. É inconcebível falar de grandes artistas de hoje sem mencionar Cartola, Chiquinha Gonzaga, entre outros”, destaca Raimundo, que cita alguns nomes que já vieram a Vitória para outras edições do Encontro de Chorinhos e Chorões.

“Ataulpho Alves de Souza Júnior, filho do grande Ataulpho Alves; Elena Bittencourt, filha de Jacob do Bandolim (morta em 2011) e o cavaquinista Henrique Cazes já estiveram no encontro”.
Além da boa música, o evento terá barraquinhas de comida e artesanato.

Raimundo aproveita para adiantar sobre outro tradicional evento do gênero, o Festival de Música de Botequim (Femusquim), que neste ano será realizado em outubro. “O Femusquim está a mil por hora. Este ano teremos oito bandas homenageando Dorival Caymmi, podendo ser duas nacionais”.

Encontro de Chorinhos e Chorões

Quando: sexta-feira (25), a partir das 20h.
Onde: Praça Antonio Trajano dos Santos, no Morro dos Alagoanos (em frente ao campo de futebol).
Atrações: grupos Harmonia, Carne de Gato e Samba Choro Pop Som.
Entrada franca.
Informações: (27) 99966-7785.
Retirado de A Gazeta

CRÍTICA DO FILME 'COPA DE ELITE'

Estreou neste fim de semana nos nossos cinema 'Copa de Elite' primeiro filme nacional de paródias. Estrelado por Marcos Veras e com participação dos capixabas Daniel Furlan e Juliano Enrico o filme vinha com a promessa de inovar e fazer rir. Conseguiu? Veja nossa resposta lendo a crítica completa.

Por Sandro Bahiense

Copa de Elite

Não é besteira
'Copa de Elite' foge de escatologias e "frigideiradas na cabeça" e se sai bem cumprindo o que se prometia

Marcos Vera, protagonista do filme o classificou como "totalmente besteirol, para sentar, comer pipoca e rir". Bem. Veras irá me permitir discordar dele. De inicio é importante salientar: Paródia e besteirol, apesar do que se tem sugerido até por quem faz filmes de paródia (o próprio Veras, por exemplo) não são sinônimos.

Na verdade a paródia - simples e pura - é muito mais elegante e inteligente do que o famigerado besteirol. Clássicos do humor como 'Apertem o Cinto: O Piloto Sumiu' e 'Top Gang' que o digam. Estes filmes, comédias de muita qualidade, se compromissavam somente em tomar a trama e as principais cenas dos filmes a qual se decidia parodiar e, a partir delas, inserir as situações de humor.


Já os filmes de besteirol, iniciados principalmente pela franquia 'Todo Mundo em Pânico' dos irmãos Wayans, também parodia, contudo insere outros elementos de humor que fogem a paródia e beiram (aí sim) a besteira. Lista-se aí: Cocô, xixi, vômito e escatologias em geral, frigideiradas na cabeça e todo o tipo de pancadas na cabeça ou no saco, piadas homofóbicas, xenofóbicas,  religiosas e afins.

Porém há pouquíssima boa vontade da crítica cinematográfica em geral (avessa a comédias) em separar um estilo da outra e, com isso, ambas fundissem incorretamente.

Contudo 'Copa de Elite' consegue separar bem as coisas. 'Copa...' é um filme de paródia e somente de paródia e ponto. Logo, acredite, o filme não é uma besteira.


Mas, como dito acima, os críticos especializados não tem muito boa vontade com este estilo de filme e provavelmente a maioria das críticas serão negativas. Bom... Como eu gosto de remar contra a maré...

Primeiro... A trama

Jorge Capitão, uma versão escrachada do Capitão Nascimento, de “Tropa de Elite” é policial, capitão do BOP (assim mesmo, sem o E) e ídolo brasileiro. Porém ele vê sua imagem transformada em inimigo público da nação ao salvar de um sequestro o maior craque argentino, às vésperas da Copa. Para recuperar sua imagem, Capitão, ao lado de Bia Apinistinha, tem de salvar o Papa de uma atentado que acontecerá na final do mundial.

Elogios...

Como antecipado tecerei vários elogios a 'Copa...', começando, claro, pelas paródias. “Tropa de Elite”, “Minha Mãe É uma Peça”, “Bruna Surfistinha”, “Chico Xavier” e “Se Eu Fosse Você” são alguns dos títulos satirizados, todos com muito humor e semelhança.


Como bom filme de paródia que se preze 'Copa...' privilegia a sátira. Nisto o diretor e roteirista Vítor Brandt e a dupla de protagonistas Marcos Veras e Júlia Rabelo se saí muito bem, especialmente na imitação, claro, de "Tropa de Elite", apesar dos momentos de paródia de “Se Eu Fosse Você” terem sido mais engraçados.

Brandt teve o mérito de, mesmo com a obrigação em imitar diferentes títulos, ter mantido uma linha lógica de acontecimentos para 'Copa...'. Capitão começa o filme com uma missão e termina cumprindo a missão, sem que os acontecimentos deste meio fugissem muito desta linha.   

E mais elogios...

Não bastassem as boas sátiras, e o bom roteiro, as atuações também chamaram atenção. O capixaba Daniel Furlan roubou a cena, engraçadíssimo. Porém não há do que se reclamar da dupla de protagonistas, de Rafinha Bastos, Milton Filho, Bento Ribeiro, e Alexandre Frota, todos muito bem.


As poucas citações não cinematográficas do filme (a música 'Show das Poderosas' de Anitta, a chatura de Bruno de Lucca e o grupo Molejo) foram bem inseridas, se fundiram bem à trama, e também renderam bons momentos.

O filme não é de rolar de rir (nenhum filme de paródia o é), mas tem bons momentos - alguns bem engraçados - e promete ser uma grande diversão desde que tratado sem preconceitos e pré conceitos. Que este seja o primeiro de muitos!
Veja o trailer

terça-feira, 22 de abril de 2014

SHOW HOMENAGEM A ALEXANDRE LIMA SERÁ NESTE QUARTA

Alexandre Lima, artista capixaba de grande valor e que infelizmente se encontra em terrível estado de saúde terá, nesta quarta um show homenagem no Ilha Acústico em Vitória. Tal evento visa arrecadar a maior quantidade de valor possível com o fim de ajudá-lo a continuar seu tratamento. Saiba quem são os artistas que virão prestigiar o evento lendo a matéria completa.

Bandas nacionais e capixabas fazem show em homenagem a Alexandre Lima

É nesta quarta-feira (23) que fãs, amigos e familiares do secretário de Cultura de Vitória, Alexandre Lima, participam da grande homenagem com shows musicais, a partir das 21 horas, no Ilha Acústico, em Vitória.
 A homenagem, que será realizada no dia do aniversário de Alexandre, tem como objetivo arrecadar fundos para o tratamento dele, que está em coma.
“Vai ser um momento muito especial, só temos a agradecer a todos que vão participar dessa grande festa. A expectativa é de uma noite especial. É uma coisa diferente, não vemos sempre homenagens assim a pessoas que estão em tratamento”, disse a irmã de Alexandre, Gabriela King.
Durante os shows estarão presentes Gabriel o pensador, Claudio Zoli, Cidade Negra, Zé Geraldo, Lan Lan, Deeplick, Marcelo Mira, Luiz Carlinhos, Baia, Gustavo Macaco, Bloco Bleque, Renato Casanova, Fred, CX e Amaro Lima, que abriram mão do cachê.
Ingressos
Os ingressos para o show estão sendo vendidos a R$ 30 (meia)  a pista e R$ 60 (o camarote). Os pontos de venda são: Lojas Bahamas, Bhico Guloso, Fiat Trieste, Zepellin Gourmeteria e Site Blueticket.

Entenda o caso
Alexandre passou mal no dia 29 de novembro, durante uma reunião na Prefeitura de Vitória, e foi socorrido pelo prefeito Luciano Rezende, que é médico e o orientou a procurar um cardiologista.

Desde o dia 04 de dezembro, quando foi internado no Hospital Evangélico, em Vila Velha, para uma cirurgia cardíaca, Alexandre Lima continua em coma, sem previsão de mudança do seu quadro neurológico.
A operação durou mais de quatro horas e, segundo os médicos, o resultado foi satisfatório. Na ocasião, os cirurgiões explicaram que o secretário teve uma dissecção de aorta (tipo A), que é considerada uma “catástrofe vascular”.
Depois que saiu da UTI, no dia 30 de dezembro não houve alteração do quadro de saúde do secretário.
Retirado de Folha Vitória

CRÍTICA DO FILME 'HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO'

Bem... Estava à toa, no feriado, escolhendo uma opção para o "cineminha de Tiradentes". Entre Capitães Américas, Copas de Elite ou Rios, me deparei com o sugestivo título 'Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho'. E Deus (coisas boas assim só podem ser obra de Deus) me guiou e me pôs na sala para ver este filme. E gente... O filme é... Bem, leia a crítica abaixo e veja o que o filme é.

Por Sandro Bahiense

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Vida inteligente na madrugada sétima arte
'Hoje...' é um dos melhores filmes nacionais nos últimos tempos

Esqueçam os filmes idiotas de comédia, esqueçam as pornochanchadas, esqueçam os "favelas movies"... O cinema nacional ainda tem jeito! 'Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho' é a prova que o brasileiro é inteligente, sensível e produtivo. O filme é um dos melhores nos últimos tempos.

A trama

Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

Daniel: Sensível e genial em sua simplicidade

Um adolescente virgem, gay e cego. Quer combustível maior pra criar um filme meloso, panfletário e ultra piegas?!? Pois é, foi exatamente disso que Daniel Ribeiro, diretor do filme, fugiu como diabo foge da cruz. 'Hoje...' é um filme de - e sobre - relacionamentos, sejam eles entre meninos, meninas, meninos e meninas, meninos e meninos... Sejam eles cegos, surdos ou mudos, afinal todos nós não o somos - ou ficamos - quando amamos?

Leonardo, o protagonista (brilhantemente interpretado por Guilherme Lobo) é um jovem cego que busca sua independência, seja em casa, seja na escola. Para tanto ela conta com a ajuda de Giovana (Tess Amorim, muito bem também) em sua empreitada. A questão é que toda essa luta de Leo é retratada de forma tranquila, sem cenas clichês. Tudo é muito vida real, mais calmo e comum como as coisas são de fato. 

Cena de 'Hoje eu quero voltar sozinho' (Foto: Divulgação)

Quando começa, o filme já mostra Leonardo inserido na escola e em sua sociedade, logo tabus e batalhas iniciais são descartadas o que é até bom. Não há panfletagens, pois os personagens poderiam sermos nós mesmos, ou novos vizinhos ou amigos. Também não há julgamentos, nem certos e errados, afinal todos somos seres errantes na vida não é?

A chegada de Gabriel (Fábio Audi, menos intenso que Guilherme e Tess) traz a 'Hoje...' um ar de romance de descoberta com a nuance que a cegueira de Leo, obriga o trio (sim, Giovana está mais envolvida na estória do que se supõe) use artifícios menos comuns ao jogo de sedução habitual à molecada. O toque e a fala tornam-se imprescindíveis e requerem uma confiança ímpar do trio de um para com o outro.

Foco no amor

Há quem sinta falta de mais preconceitos, mais bullyings, mais brigas e tabus. Daí é importante salientar que o filme de Ribeiro é sobre o amor e sua descoberta e não sobre a idiotice humana. Isso fica bem claro na tocada a qual o diretor leva o seu filme. Tudo é muito tranquilo, casual e comum, como se estivessem acontecendo na pracinha de seu bairro ou na escola de seus filhos.  A fotografia e a trilha sonora do filme são um brinco. Tudo é muito bem cuidado e se torna genial perante a simplicidade a qual é feito.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho – Crítica

Aliás, tudo é feito com muita delicadeza e nenhuma cena pretende constranger o espectador que, presumi-se, já está tão envolvido com o filme que nem percebe uma ou outra escorregadinha no roteiro e na edição.

Como bônus, além do bom trio de protagonistas, temos uma Selma Egrei afinadíssima (sua interpretação na série 'Sessão de Terapia' já ratificava seu bom momento) em um elenco todo bem trabalhado.

Perdoem minha empolgação no cabeçalho deste crítica, mas é que o cinema nacional tem estado tão poluído por tranqueiras que, quando surge um 'Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho', a gente acaba se animando demais. Ah, mas o filme é bom mesmo hein, não é só fogo de palha.

Como todo filme ótimo 'Hoje...' está nos principais cinemas do shopping não é? Não, não está. Está somente no bucólico Cine Jardins em sessões nos horários 17:15h, 19:15h e 21:15h, todos os dias, na sala 2. Mas vale a força e a batalha de conseguir estacionar em Jardim da Penha, pois o filme é excelente!

CRÍTICA DO FILME 'JÚLIO SUMIU'

Mais um filme nacional promete sacudir os nossos cinemas. Desta vez é 'Júlio Sumiu' que chega às telonas tentando arrancar algumas risadas de seu público. Confira nossas impressões acerca do filme.

Por Sandro Bahiense

Julio Sumiu

Menos até que um simples entretenimento
Ao se tratar como descompromissado, filme se torna desleixado

Comecemos com uma conclusão (infelizmente) óbvia: 'Júlio Sumiu' foi concebido para ser um filme puramente de entretenimento, sem absolutamente nenhum intuito de se tornar marcante ou reflexivo. Este, aliás, e de novo infelizmente, tem sido a marca de nosso novo cinema nacional, ganhar dinheiro com baboseiras simples e banais.

Ok. O problema é que 'Júlio...' consegue a façanha de nem sequer ser um filme de entretenimento raso, pois, na verdade, tudo que o envolve é primário demais. Parece-nos claro: Descompromisso foi confundido com desleixo.

Julio Sumiu – Crítica

A trama

A história parte de uma premissa muito simples: Julio, filho mais velho de um casal aposentado, simplesmente desaparece. Muito nervosa, a mãe (Lília Cabral) faz o que pode para encontrá-lo: liga para amigos, vai à polícia, encarrega o caçula de procurá-lo e até mesmo apela para a reza com as amigas. Só que Sílvio (Fiuk), o irmão mais novo, pouco se importa com o paradeiro de Julio e está mais interessado em fumar um baseado com seu amigo Zeca (Hugo Grativol). 

O problema é que ele deve uma grana para o traficante local, que faz ameaças via recado na secretária eletrônica. A mãe ouve o alerta e logo o associa ao filho desaparecido. Confusão feita, ela parte morro acima para encontrar o chefão do tráfico local: Tião Demônio (Leandro Firmino da Hora).

Crítica

Bem. Como dito acima tudo em 'Júlio Sumiu' é (ou tenta ser) simples demais, desde o roteiro até as categorias técnicas. Preocupados em demasia em tornar a história descomplicada a um público do qual os produtores insistem em tratar como tapados, o filme consegue se enrolar até em dar segmento a uma história basicamente comum.

Julio Sumiu - Foto

Com isso o filme se perde em sua história, não se liga de uma cena para outra e vive praticamente de esquetes soltas que se amarram em uma frágil teia. As categorias técnicas são um terror. Fotografia, edição e continuidade são precários.

As atuações vão de medianas a ruins. Fiuk jogou fora a chance de tentar provar ser, bem, pelo menos, um quase ator. A cara blase do filho de Fábio Jr. chega a ser irritante e sua atuação (atuação? Putz) é digna de nota menos um. Leandro Firmino de traficante é ô ó. Pô, será que o ator se prestará a isso pra sempre?!?  Carolina Dieckman surpreendeu, pois ela conseguiu ser pior do que o habitual. Só para variar Lilia Cabral foi o destaque. Sua atuação foi a única coisa boa do filme.

Julio Sumiu - Foto

Nada contra o cinema de entretenimento, mas, caramba, que o façamos com qualidade.

'Júlio Sumiu' (me recusei a escrever 'Júlio' sem o acento conforme o pôster do filme) é um filme de entretenimento, mal feito, mal roteirizado e mal  dirigido. Se você quer um lugar para desanuviar a mente vá lá. Ah, mas, se bobear, você pode voltar do cinema com a mente mais vazia ainda, ok?

quinta-feira, 17 de abril de 2014

'COPA DE ELITE' PRIMEIRO FILME DE PARÓDIAS BRASILEIRO ESTREIA NESTE FIM DE SEMANA NO ESTADO.

A grande fase (pelo menos de bilheteria) do cinema brasileiro permite espaço para novidades e uma delas estreia neste fim de semana no estado. Trata-se de 'Copa de Elite', filme protagonizado por Marcos Veras e produzido pelo capixaba Daniel Furlan. Saiba mais lendo a matéria completa.

Por Luísa Torre

Copa de Elite

Comédia nacional em clima de Copa faz paródias de filmes brasileiros

O filme "Copa de Elite" estreia nesta quinta-feira (17)


O ator Marcos Veras, protagonista do filme “Copa de Elite”, que estreia hoje, avisa: este é um besteirol brasileiro. Mesmo assim, diz ele, o filme merece a atenção do público. É divertido, provocativo e verdadeiro, com a mais pura intenção de fazer rir.

“Copa de Elite” é uma paródia de grandes sucessos do cinema nacional, como “Tropa de Elite”, “Minha Mãe É uma Peça”, “Bruna Surfistinha”, “Chico Xavier” e “Se Eu Fosse Você”, sobre o pano de fundo do principal evento do país em 2014: a Copa do Mundo. Três capixabas brilham no longa: os ex-VJs da MTV Daniel Furlan e Juliano Enrico, além de Luiz Tadeu Teixeira, pai de Juliano. Já Veras é Jorge Capitão, uma versão escrachada do Capitão Nascimento, de “Tropa de Elite”. O policial, que é capitão do BOP (assim mesmo, sem o E) e ídolo brasileiro, se vê transformada em inimigo público da nação ao salvar de um sequestro o maior craque argentino, às vésperas da Copa.

O filme começou a ser rodado em setembro do ano passado e foi finalizado em março deste ano, ou seja, em um ritmo quase frenético, como Veras mesmo diz. Na época, ele participava de uma peça em São Paulo, dois programas de TV no Rio de Janeiro, vídeos de internet para o Porta dos Fundos e um outro filme com gravações em São Paulo. Por isso, quase não ficou de fora do longa. “Enlouquecemos, mas foi um processo gostoso. Foi só na vitamina C e na raça”, brinca.


Para Veras, “Copa de Elite” é um reflexo do bom momento do cinema brasileiro. “O filme é totalmente besteirol, é para sentar, comer pipoca e rir. É um estilo que o Brasil não costuma fazer. ‘Copa de Elite’ é um reflexo da retomada do cinema brasileiro. Só se faz paródia do que é sucesso. O cinema nacional tem vários filmes de sucesso, e essa é uma fase bacana”.

No longa, Veras faz par com sua esposa, a atriz Júlia Rabello, com quem divide diversos outros trabalhos. “Isso está virando rotina, mas foi sem querer”, ri o ator. Júlia é Bruna Alpinistinha, uma mistura de “Bruna Surfistinha” com a personagem de Ingrid Guimarães em “De Pernas pro Ar”.

Também roteirista do filme, Vitor Brandt faz sua estreia na direção em “Copa de Elite”. Ele conta que sabe que haverá críticas devido ao gênero, mas tenta não pensar nisso. “Fazer um subgênero de comédia que já é criticado lá fora é pedir para tomar crítica na cabeça, mas tento não pensar muito nisso. Tentei fazer um filme bem honesto com o que eu queria que ele fosse. Eu queria achar engraçado, queria que meus amigos achassem engraçado, e isso tem acontecido”, diz.



O diretor explica que, como o filme não é uma comédia tradicional, foi possível fugir de um estilo mais alinhado com a televisão que as comédias costumam ter. “É uma paródia de dramas, então fomos para um visual mais dramático. Acho que, para comprar a graça das situações, era preciso sentir que aquele filme tivesse uma certa verdade”.

Brandt ainda destaca que se divertiu muito com Furlan e Juliano na produção. “Já tinha visto coisas dos dois na internet. Chamamos o Daniel para o teste e ele mandou bem. Achei que ele tinha que estar no filme. Ele contribuiu no roteiro com várias piadas, o personagem dele é forte, ele brilha”.

Já o convite para Juliano surgiu por uma coincidência: “Tinha um personagem no filme que era ginasta, e alguém comentou que o Juliano havia sido ginasta. Então, unimos o útil ao agradável. A participação era pequena e acabamos incluindo mais cenas dele”, diz o diretor. “Estava superanimado de filmar pai e filho juntos. Com o Luiz Tadeu, ficou bem legal na tela, pois são pai e filho como os personagens”, comenta Brandt.


Copa de elite

Comédia. (Idem, Brasil, 2013).
Direção: Vitor Brandt.
Elenco: Marcos Veras, Júlia Rabello, Rafinha Bastos, Anitta, Bento Ribeiro, Alexandre Frota e Daniel Furlan.
Estreia hoje nos cinemas

Bate-papo

Nunca tinha trabalhado em uma estrutura tão grande” Daniel Furlan, Ator e comediante

Zero Dois, personagem do capixaba Daniel Furlan, é um policial “meio estúpido, mas muito empolgado”, como ele mesmo define. O ator diz que estar no longa foi uma ótima experiência e conta que já está gravando outro filme.

Como foi participar do filme?
Foi muito bom. Nunca tinha trabalhado em uma estrutura tão grande, com equipe e atores com experiência de cinema.

O diretor Vitor Brandt contou que você contribuiu com o roteiro. Como foi?
Ele me deu muita liberdade para fazer outras falas, estender algumas cenas, e experimentei coisas no set. Achei que iam cortar tudo, mas na pré-estreia vi que estava praticamente tudo lá.

No filme, você repete a parceria com o Juliano Enrico, vista na MTV. Como é trabalhar com ele?
O Juliano é um carma, uma coisa errada que fiz na vida passada (risos). É muito bom trabalhar com ele, a gente se conhece e sabe a dificuldade um do outro.

Pretende atuar em outros filmes?
Estou no novo filme da O2 Produções, chamado “Réveillon”. Não é uma paródia como “Copa de Elite”, é uma comédia. Começamos as filmagens nesta semana.
Retirado de Gazeta on line

GARCIA MARQUEZ NO CINEMA

Mundialmente famoso pelas obras literárias e por um prêmio Nobel de Literatura, Gabriel Gárcia Márquez, que morreu nesta quinta-feira (17), também deixou um legado para a sétima arte. Alguns de seus livros foram adaptados para o cinema, e o escritor também se arriscou em alguns roteiros de filmes

Mundialmente famoso pelas obras literárias e por um prêmio Nobel de Literatura, Gabriel Gárcia Márquez, que morreu nesta quinta-feira (17), também deixou um legado para a sétima arte. Alguns de seus livros foram adaptados para o cinema, e o escritor também se arriscou em alguns roteiros de filmes. Confira abaixo uma lista com o melhor do colombiano no cinema:

Erêndira, de 1983, foi um dos filmes cujo roteiro tem a assinatura de Gabo. Protagonizado pela brasileira Claudia Ohana, conta a história de uma adolescente explorada pela avó. Um dia, a jovem pega no sono, exausta dos trabalhos do dia, sem apagar todas as velas. A casa é incendiada e a avó calcula a dívida que Erêndira passa a ter com ela. As duas passam a viajar pelo deserto e a menina vende o corpo para centenas de homens

Erêndira, de 1983, foi um dos filmes cujo roteiro tem a assinatura de Gabo. Protagonizado pela brasileira Claudia Ohana, conta a história de uma adolescente explorada pela avó. Um dia, a jovem pega no sono, exausta dos trabalhos do dia, sem apagar todas as velas. A casa é incendiada e a avó calcula a dívida que Erêndira passa a ter com ela. As duas passam a viajar pelo deserto e a menina vende o corpo para centenas de homens.

Do Amor e Outros Demônios é uma adaptação de 2009 do filme homônimo de García Márquez que conta a história de uma jovem de 13 anos, abandonada, que encontra amizade e amor em um jovem padre

Do Amor e Outros Demônios é uma adaptação de 2009 do filme homônimo de García Márquez que conta a história de uma jovem de 13 anos, abandonada, que encontra amizade e amor em um jovem padre.

O Amor nos Tempos do Cólera é uma adaptação de 2007 com Javier Bardem, Giovanna Mezzogiorno e Fernanda Montenegro no elenco. Conta a história de um triângulo amoroso que dura 50 anos. Florentino espera anos até poder ficar com a amada Fermina Daza, que teve de se casar com Juvenal Urbino 

O Amor nos Tempos do Cólera é uma adaptação de 2007 com Javier Bardem, Giovanna Mezzogiorno e Fernanda Montenegro no elenco. Conta a história de um triângulo amoroso que dura 50 anos. Florentino espera anos até poder ficar com a amada Fermina Daza, que teve de se casar com Juvenal Urbino.

Ninguém Escreve ao Coronel foi um dos primeiros contos que García Márquez escreveu, e ganhou sua versão cinematográfica em 1999, dirigido por Arturo Ripstein. Estrelando Fernando Luján, Marisa Paredes e Salma Hayek, retrata a história do coronel que, todos os dias, se veste e espera a chegada de uma carta anunciando sua pensão. Toda a cidade sabe que a correspondência jamais virá, e ele tenta lidar com a dor da perda do filho

Ninguém Escreve ao Coronel foi um dos primeiros contos que García Márquez escreveu, e ganhou sua versão cinematográfica em 1999, dirigido por Arturo Ripstein. Estrelando Fernando Luján, Marisa Paredes e Salma Hayek, retrata a história do coronel que, todos os dias, se veste e espera a chegada de uma carta anunciando sua pensão. Toda a cidade sabe que a correspondência jamais virá, e ele tenta lidar com a dor da perda do filho.

O Galo de Ouro foi o primeiro roteiro de Gabriel García Márquez para o cinema. A adaptação foi feita em 1964 a partir da obra de 1964

O Galo de Ouro foi o primeiro roteiro de Gabriel García Márquez para o cinema. A adaptação foi feita em 1964 a partir da obra de 1964.

O filme de 1987 Crônica de Uma Morte Anunciada conta a história de uma vingança sangrenta vivida por um amigo de García Márquez na década de 50

O filme de 1987 Crônica de Uma Morte Anunciada conta a história de uma vingança sangrenta vivida por um amigo de García Márquez na década de 50.
Retirado de R7

segunda-feira, 14 de abril de 2014

TOP 10 - 'OS DEZ MELHORES LIVROS DO MUNDO'

Sei que o título pode soar prepotente, afinal a literatura é uma das artes mais subjetivas existentes, mas estes dez livros, de fato, estão na história de nossa humanidade como grandes e imortais pérolas da arte escrita. Confira:

A Lebre Com Olhos de Âmbar

A Lebre Com Olhos de Âmbar, de Edmund de Waal

O romance de Wall parece, à primeira vista, um trabalho de arqueologia literária escrito por uma sensibilidade do século 19. Há, aqui e ali, uma percepção meio proustiana da vida. Porém, a obra é de 2010. O belíssimo livro, escrito por alguém que tem a percepção de que Deus às vezes está nos detalhes, ganhou elogios de pesos pesados. “De maneira inesperada, combina a micro arte das miniaturas com a macro história, em um efeito grandioso”, disse Julian Barnes. “Uma busca, descrita com perfeição, de uma família e de um tempo perdidos. A partir do momento em que você abre o livro, já está numa velha Europa inteiramente recriada”, afirma Colm Tóibín. (Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. Editora Intrínseca.)

Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister

Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe

O livro de Johann Wolfgang von Goethe “criou”, segundo Marcus Vinicius Mazzari, “o gênero que mais tarde foi chamado de ‘romance de formação’ (Bildungsroman), a mais importante contribuição alemã à história do romance ocidental. (…) Goethe empreendeu a primeira grande tentativa de retratar e discutir a sociedade de seu tempo de maneira global, colocando no centro do romance a questão da formação do indivíduo, do desenvolvimento de suas potencialidades sob condições históricas concretas”. (Editora 34, tradução de Nicolino Simone Neto.)

Folhas de Relva

Folhas de Relva, de Walt Whitman

Walt Whitman não é “um” e sim “o” poeta norte-americano. Segundo Otto Maria Carpeaux, é um “poeta para poetas”. Dado o uso intensivo do verso livre, que ele “criou” como um método — então novo e rebelde em relação à poesia metrificada —, o poema longo de Whitman deveria ser de fácil acesso. Se fosse russo, seria cantado nas ruas, como se faz com Púchkin. A dificuldade teria a ver mais com o poema longo do que com o poema em si? Pode ser. O que a poesia de Whitman exige é um leitor atento. Harold Bloom o apresenta como “fundador” da poesia americana. “O” poeta. Há algumas traduções no Brasil. As mais citadas são as de Bruno Gambarotto (Hedra), Rodrigo Garcia Lopes (Iluminuras) e Geir Campos (Civilização Brasileira). Há uma da Editora Martin Claret.

Poesia 1930-1962

Poesia 1930-1962, de Carlos Drummond de Andrade

O poeta Carlos Drummond de Andrade talvez tenha apenas dois rivais em língua portuguesa — Camões e Fernando Pessoa. No Brasil, quem mais se aproximou, a uma distância de 10 mil quilômetros, foi João Cabral de Melo Neto. Ninguém mais. “Poesia 1930-1962 — Edição Crítica” contém o que há de melhor do escritor mineiro. É, digamos, sua bíblia. Aí está o Drummond, modernista total, de corpo e alma. Como presente de Natal, o preço é salgado, 179 reais, mas a edição, caprichada, vale a pena. O preço será esquecido, mas o presenteador e o livro decerto jamais serão olvidados. (Editora Cosac Naify)

São Bernardo

São Bernardo, de Graciliano Ramos

O romance mais importante de Graciliano Ramos é “Vidas Secas? Sem dúvida. Mas, num tempo de hegemonia dos estudos de gênero — que matam a literatura em nome de uma ideologia primária —, nada mais significante do que indicar “São Bernardo”. Este livro, se as feministas atuais lessem — as que leem são exceções —, se tornaria uma bíblia. Mas uma bíblia sem concessões moralistas. Poucos autores patropis, mesmo entre as mulheres, construíram tão bem um homem autoritário, até totalitário, quanto o Velho Graça. (Editora Record)

Em Busca do Tempo Perdido

Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust

Harold Bloom percebe Marcel Proust como o maior escritor francês, acima de Flaubert, o “santo” de devoção de Mario Vargas Llosa. Proust não sabia avaliar se “Em Busca do Tempo Perdido” era um romance, ou algo mais. Talvez seja muito mais do que um romance. Quiçá uma bíblia da civilização humana, mais do que da francesa. Ciúme, memória-tempo, amizade, sexualidade — eis alguns dos temas candentes do escritor. Duas editoras se encarregaram de traduzir a obra-prima, a Globo e a Ediouro. No time de tradutores da Globo estão Mario Quintana, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, entre outros. Fernando Py enfrentou solitariamente as centenas de páginas de um autor de prosa densa (quem só defende literatura concisa não sabe a delícia que é Proust). Mario Sergio Conti prepara a terceira tradução para a Companhia das Letras.


Memorial de Aires

Memorial de Aires, de Machado de Assis

Se der ouvidos a certa crítica, o leitor patropi passará a acreditar que Machado de Assis só escreveu três romances: “Dom Casmurro”, “Quincas Borba” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. O mago dos contos raramente é citado, exceto por alguns especialistas, como o inglês John Gledson. Mas há um “romancinho” de Machado de Assis que é maravilhoso. “Memorial de Aires” é muito bem escrito. É de uma sutileza rara no panorama cultural brasileiro. E, claro, é divertido, talvez porque menos “pretensioso” (a grande arte é sempre pretensiosa) do que as obras-primas “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

A Montanha Mágica

A Montanha Mágica, de Thomas Mann

É o segundo grande romance de formação alemão. O livro conta a história do jovem Hans Castorp, que, ao visitar uma clínica para tuberculosos na Suíça, amadurece, participa de debates filosóficos. Enfim, vive e cresce. Mann escreveu: “E que outra coisa seria de fato o romance de formação alemão, a cujo tipo pertencem tanto o ‘Wilhelm Meister’ como ‘A Montanha Mágica’, senão uma sublimação e espiritualização do romance de aventuras?” (Nova Fronteira, tradução de Herbert Caro.)

Sagarana

Sagarana, de Guimarães Rosa

Todos sabem: a obra-prima de Guimarães Rosa é “Grande Sertão: Veredas”, o romance brasileiro que mais dialoga com a literatura internacional — e sem submissão. Nos contos não há a mesma invenção, aquela linguagem rodopiante, que às vezes deixa o leitor tonto. Ainda assim, os contos de “Sagarana” merecem uma leitura atenta, alguns são “Pequenos Sertões: Veredas”. Alguém é capaz de ler e esquecer, por exemplo, “A hora e a vez de Augusto Matraga” e “Corpo Fechado”? (Editora Nova Fronteira)

Guerra e Paz

Guerra e Paz, de Liev Tolstói

Se tivesse lido cuidadosamente o romance “Guerra e Paz” — literatura e história —, Adolf Hitler não teria invadido a União Soviética, em 1941, ou seja, 129 anos depois, mas com os mesmos resultados funestos das tropas de Napoleão Bonaparte. Liev Tolstói examinou a história cuidadosamente e escreveu um romance poderoso a respeito da invasão napoleônica de 1812. Seu trabalho literário rivaliza-se com as melhores histórias sobre o assunto. Detalhe: além da guerra, ele examina minuciosamente a vida civil do período. Como complemento, o leitor pode consultar “1812 — A Marcha Fatal de Napoleão Rumo a Moscou”, de Adam Zamoyski. (Tradução de Rubens Figueiredo, a única feita a partir do russo. Editora Cosac Naify.)
Retirado de reportagem da revista Bula